22 de novembro de 2016

PALESTRA NA FACIP



O Professor e poeta Admmauro Gommes discute o tema a partir do pensamento de Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional, ligado à Universidade de Harvard que, em sua teoria, sugere que todos os indivíduos possuem habilidades para utilizar todas as inteligências, porém algumas podem ser potencialmente determinadas pelo ambiente cultural no qual o indivíduo está inserido.

O evento está sendo organizado pelos concluintes do curso de Administração da Faculdade de Ciências Sociais dos Palmares (FACIP). 

Dia 28 de novembro/2016, às 19:40

9 de novembro de 2016

GEOLOGIA, A CIÊNCIA DA TERRA

Prezado Admmauro, 
Assim como os parceiros Tarek Farah e Pedro, lhe proponho uma tradução em forma de poesia quanto ao entrosamento entre as profissões, primas em primeiro grau: " A GEOLOGIA COM A ENGENHARIA". 
                                         Grande abraço! Patrícia Celeste Lopes

 

GEOLOGIA, A CIÊNCIA DA TERRA
Admmauro Gommes 

Quando estuda a terra e os minerais
A Geologia elabora um prático mapa 
Medindo o solo classifica e destaca 
E preserva os recursos naturais 
Avaliando os impactos ambientais 
Entrega o projeto pra Engenharia 
Esta confirma, abraça e confia
Inventa, desenha e faz projeção
E logo se ergue uma construção 
Seguindo os passos da Geologia. 

                         

5 de novembro de 2016

O PREÇO DAS COISAS E DAS PESSOAS

Admmauro Gommes
Poeta, cronista e Professor de Teoria Literária da FAMASUL/Palmares/PE
admmaurogommes@hotmail.com

Há quem diga que todos têm um preço, no entanto, nem todos dispõem da quantia que se cobra. Que isso não tenha completa aprovação, mas mantém grande proximidade com o que acontece no campo das relações humanas, nas permutas sociais. Este entendimento reforça a ideia de que, no shopping da vida, tudo tem etiqueta e valor de comércio. A cédula, no entanto, varia, ou não está acessível a quem deseja comprar. 
Existe até quem se coloque em promoção, por alguns centavos (Judas vendeu-se por trinta moedas), enquanto que outros dizem não ser mercadoria e por isso não estão negociáveis, consideram-se mais importantes (mais caros) que os demais. Eles mesmos enaltecem sua cotação. Em determinadas circunstâncias, fazem acordos estranhos que, ao final, requerem uma espécie de quitação. Isso, no âmbito social (e não no financeiro), responde pelo nome de gratidão ou lealdade. Uma das faturas mais altas que se impõe, na atualidade, é da palavra empenhada, em ser um ‘homem de palavra”. Manter a honestidade e a honra tem sido motivo de cobranças e juros abusivos diante de uma sociedade que fragmenta os valores tradicionais.
A dedicação de uma vida inteira a uma causa não é um preço? Quem passa toda a sua existência defendendo uma bandeira, também não tem seu peso aquilatado? Quanto pagou Sócrates por defender suas ideias? Preferiu tomar cicuta, bebida mortal, a ser envenenado pelos posicionamentos contrários à sua filosofia. 
Mas nada se compara ao preço de cruz que Jesus pagou, mesmo recebendo ofertas estrondosas no pináculo do Templo, quando a ele foi oferecido o mundo inteiro, bastando que Cristo adorasse a Satanás. Nestes dois casos, existe uma quantia moral e espiritual muito elevada sobre os ilustres nomes, aqui citados, porquanto, não havia cifra terrena que pudesse lhes convencer do oposto às suas convicções. Só eles continham em si a moeda de resgate. É por isso que muitos cristãos afirmamos ser comprados pelo sangue do Cordeiro. Como dizem as Escrituras, isso foi pago.
Quando há paga, há recebedor. Ainda assim, existem coisas que possuem uma valia enorme, objetos de herança, que não se permutam nem pelo dinheiro do mundo todo. Mas representam um bem inestimável, aos olhos do proprietário. É o que acontece com muitas pessoas, que são donas de seu próprio valor, mesmo que este seja incambiável. Diremos, por fim, que muitos, por terem um caráter inabalável, não estão sujeitos a “uma taxa de câmbio fixada pelo governo.” Estes carregam, em si mesmos, uma fortuna inegociável.


Texto publicado no site NOVA MAIS (2/11/16)



1 de novembro de 2016

ESPANTANDO A CRISE

Admmauro Gommes
Poeta e professor de literatura
admmaurogommes@hotmail.com

Não dá para esconder os fatos e seus efeitos quando um momento de crise assola o país. Isso deixa toda a sociedade em pânico, furtando-se das forças necessárias para reconstrução do presente e projeção do futuro. No entanto, a maneira de encarar os desafios pode fazer toda a diferença. Escolher o lado da luta faz parte da estratégia para vencer. 
Por exemplo, numa época em que muita gente chora com facilidade, oportuno é abrir uma fábrica de lenços. Em uma cidade em que é precário o fornecimento de água potável e nas torneiras só aparece lama, em vez de reclamar, uma pessoa habilidosa torna-se vendedora de água, utilizando-se de caminhão-pipa ou até mesmo de um burro de carga. O importante é lutar com as forças que se tem, enquanto se pode. 
Certa vez, um aluno dormiu na sala de aula, no momento em que o professor colocava no quadro uma questão de matemática de difícil resolução. Enquanto escrevia, ia alertando que a questão era muito complicada e que ninguém havia resolvido nas turmas em que lecionou. Naturalmente, nenhum dos estudantes encontrou a resposta certa.  Quando o aluno que dormia se acordou, e viu a questão do quadro, respondeu de imediato. Foi o único da sala a encontrar o resultado. Aí, o mestre indagou: Você não ouviu quando eu disse que era difícil a questão?  Desculpe-me professor, disse o aluno, eu não ouvi o senhor falar sobre as dificuldades por isso meti a cara e respondi.
Quando não se conhece o problema, é como se ele não existisse. É o caso também de uma senhora que morava na zona rural, bem distante da cidade. Em uma oportunidade, perguntaram-lhe sobre a crise. O que é crise? Não sei bem o que isso? A mulher ficou confusa com esta palavra estranha ao seu vocabulário. E continuou: Porque aqui onde eu moro, todas as coisas permanecem do mesmo jeito, eu levanto cedo e sempre tem coisa para fazer. Desde o tempo da minha avó é assim. As galinhas continuam pondo, a lavoura que eu planto arranco no tempo certo, os bodes e as cabras continuam reproduzido e o leite da minha vaquinha ainda tem o mesmo sabor. Você pode me explicar o que é mesmo esse negócio de crise? 
Na verdade, não é só ignorar o obstáculo que ele desaparece. Mas enfrentá-lo com entusiasmo é fundamental. A maneira de avaliar a crise é outro ponto a ser entendido e apresenta-se de modo positivo ou negativo. Se alguém não vê possibilidade de resolução a curto prazo, com certeza, a curto prazo não virá a solução para o problema. O otimismo apressa a saída do túnel. Diante do impasse, estamos acostumados com a impossibilidade de ultrapassar as barreiras e aprendemos que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Na verdade, o dito popular está incompleto: Se lutar o bicho pode fugir. 


Publicado no Jornal FOLHA DE PERNAMBUCO (1/11/2016)