31 de dezembro de 2016

POR QUE CLAMAMOS POR MUDANÇAS?


ACESSE E LEIA A VERSÃO N JORNAL:
http://www.folhape.com.br/folha-digital/edicao.aspx#page/8


POR QUE CLAMAMOS POR MUDANÇAS?
Admmauro Gommes
Poeta e professor de literatura
admmaurogommes@hotmail.com
               
Somos dependentes da intuição e das crenças internas bem mais do que imaginamos. Quando mentalizamos que se inicia um novo ano, por exemplo, absorvemos com facilidade a ideia de que tudo será melhor. Mesmo diante de uma crise conjuntural enorme, desprezamos as dificuldades e apostamos na etapa que se inicia. Para uns, é questão de força de vontade, para outros, fuga do real. Verdade seja expressa: quando se acredita e parte para a resolução do problema, muita coisa positiva pode surgir. 
Se pensarmos que os mesmos entraves continuam, eles permanecerão, não por sermos supersticiosos, mas porque todos os movimentos que realizarmos terão como alvo a solução ou o entravamento. Neste último caso, torna-se obscura qualquer projeção e nada acontece de bom, pois a mente bloqueia as palavras e as ações. Mais do que mero exercício imaginativo, algo realmente se concretiza. Nosso corpo possui uma comunicação intracelular impressionante, e a inovação começa dentro de nós, na corrente sanguínea, depois ganha força e forma, e torna-se realidade.
Por mais que alguém ignore, transformações constantes acompanharão o ser humano, por toda a vida. Biologicamente, somos renovados diariamente. A pele se renova a cada trinta dias. Deste modo, nossas células se mantêm em um contínuo ciclo de renovação. Não é à toa que “98% dos átomos presentes no interior das moléculas que compõem as células do corpo humano são renovados anualmente através do ar que respiramos, dos alimentos que ingerimos e dos líquidos que consumimos” (RINCON1). Sem perceber, estamos sendo mudados, o tempo todo. Este fato nos projeta também para um campo de alteração emocional, física e existencial, deslocando a visão de mundo, crenças e costumes, e o desejo de novidade pode ser indicação de uma inconsciência instintiva.
O que é difícil realmente para que acreditemos é que o novo nascerá sempre do velho, como borboleta que sai de um desprezível casulo. Isso nos perturba muito, diante das evidências e constatação de que tudo pode ser alterado, de uma hora para outra. Sem a mínima noção, expomos externamente o que por dentro já foi reprogramado. Aceitar que tudo pode ser diferente, nos encanta. Que bom que é desse jeito! Durante a existência, morte e vida nem sempre serão severinas. Assim, temos a permanente necessidade de renovação, como reconstituição natural. Não ter coragem para escolher outro rumo ou meta pode ser um problema. Porquanto, quando um ano se inicia, surge grande oportunidade para testar novos caminhos.
E aí? Você está pronto para se renovar e renovar o mundo? Quem sabe, o momento pode ser agora. Quem pensa em mudar de situação e não muda, no mínimo, está pensando de forma errada.
______________________

1RINCON, Maria Luciana. É verdade que as células do corpo humano se renovam a cada 7 anos? Disponível em: http://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44648-e-verdade-que-as-celulas-do-corpo-humano-se-renovam-a-cada-7-anos.htm

24 de dezembro de 2016

UM ABRAÇO DE NATAL

Admmauro Gommes 
                       
Eu trocaria 
todas as mensagens de Natal 
que recebi, via celular 
por um abraço. 

Um abraço sincero. 

Um abraço amigo 
de quem esteve 

o ano inteiro comigo 
e nunca me abraçou. 

E que fosse 
não um texto frio nascido da mídia 
dessentimentado
reenviado de alguém 
que enviou uma cópia da cópia 
sem emoção 
mas que surgisse das palavras 
que vivem no coração. 

Isto teria muito mais de Papai do Céu 
e menos de Papai Noel. 

2 de dezembro de 2016

YAMANDU COSTA - um poema


YAMANDU COSTA 
(poema de Admmauro Gommes)

Yamandu não é pessoa
é instrumento que se toca
pelos dedos assanhados
e cabelos ritmados. 

Se fecha os olhos
um mundo se abre
infinito transe em breve viagem. 

Não fala palavra mas tudo se diz. 

Vai tocando a vida    
brincando de ser feliz. 

22 de novembro de 2016

PALESTRA NA FACIP



O Professor e poeta Admmauro Gommes discute o tema a partir do pensamento de Howard Gardner, psicólogo cognitivo e educacional, ligado à Universidade de Harvard que, em sua teoria, sugere que todos os indivíduos possuem habilidades para utilizar todas as inteligências, porém algumas podem ser potencialmente determinadas pelo ambiente cultural no qual o indivíduo está inserido.

O evento está sendo organizado pelos concluintes do curso de Administração da Faculdade de Ciências Sociais dos Palmares (FACIP). 

Dia 28 de novembro/2016, às 19:40

9 de novembro de 2016

GEOLOGIA, A CIÊNCIA DA TERRA

Prezado Admmauro, 
Assim como os parceiros Tarek Farah e Pedro, lhe proponho uma tradução em forma de poesia quanto ao entrosamento entre as profissões, primas em primeiro grau: " A GEOLOGIA COM A ENGENHARIA". 
                                         Grande abraço! Patrícia Celeste Lopes

 

GEOLOGIA, A CIÊNCIA DA TERRA
Admmauro Gommes 

Quando estuda a terra e os minerais
A Geologia elabora um prático mapa 
Medindo o solo classifica e destaca 
E preserva os recursos naturais 
Avaliando os impactos ambientais 
Entrega o projeto pra Engenharia 
Esta confirma, abraça e confia
Inventa, desenha e faz projeção
E logo se ergue uma construção 
Seguindo os passos da Geologia. 

                         

5 de novembro de 2016

O PREÇO DAS COISAS E DAS PESSOAS

Admmauro Gommes
Poeta, cronista e Professor de Teoria Literária da FAMASUL/Palmares/PE
admmaurogommes@hotmail.com

Há quem diga que todos têm um preço, no entanto, nem todos dispõem da quantia que se cobra. Que isso não tenha completa aprovação, mas mantém grande proximidade com o que acontece no campo das relações humanas, nas permutas sociais. Este entendimento reforça a ideia de que, no shopping da vida, tudo tem etiqueta e valor de comércio. A cédula, no entanto, varia, ou não está acessível a quem deseja comprar. 
Existe até quem se coloque em promoção, por alguns centavos (Judas vendeu-se por trinta moedas), enquanto que outros dizem não ser mercadoria e por isso não estão negociáveis, consideram-se mais importantes (mais caros) que os demais. Eles mesmos enaltecem sua cotação. Em determinadas circunstâncias, fazem acordos estranhos que, ao final, requerem uma espécie de quitação. Isso, no âmbito social (e não no financeiro), responde pelo nome de gratidão ou lealdade. Uma das faturas mais altas que se impõe, na atualidade, é da palavra empenhada, em ser um ‘homem de palavra”. Manter a honestidade e a honra tem sido motivo de cobranças e juros abusivos diante de uma sociedade que fragmenta os valores tradicionais.
A dedicação de uma vida inteira a uma causa não é um preço? Quem passa toda a sua existência defendendo uma bandeira, também não tem seu peso aquilatado? Quanto pagou Sócrates por defender suas ideias? Preferiu tomar cicuta, bebida mortal, a ser envenenado pelos posicionamentos contrários à sua filosofia. 
Mas nada se compara ao preço de cruz que Jesus pagou, mesmo recebendo ofertas estrondosas no pináculo do Templo, quando a ele foi oferecido o mundo inteiro, bastando que Cristo adorasse a Satanás. Nestes dois casos, existe uma quantia moral e espiritual muito elevada sobre os ilustres nomes, aqui citados, porquanto, não havia cifra terrena que pudesse lhes convencer do oposto às suas convicções. Só eles continham em si a moeda de resgate. É por isso que muitos cristãos afirmamos ser comprados pelo sangue do Cordeiro. Como dizem as Escrituras, isso foi pago.
Quando há paga, há recebedor. Ainda assim, existem coisas que possuem uma valia enorme, objetos de herança, que não se permutam nem pelo dinheiro do mundo todo. Mas representam um bem inestimável, aos olhos do proprietário. É o que acontece com muitas pessoas, que são donas de seu próprio valor, mesmo que este seja incambiável. Diremos, por fim, que muitos, por terem um caráter inabalável, não estão sujeitos a “uma taxa de câmbio fixada pelo governo.” Estes carregam, em si mesmos, uma fortuna inegociável.


Texto publicado no site NOVA MAIS (2/11/16)



1 de novembro de 2016

ESPANTANDO A CRISE

Admmauro Gommes
Poeta e professor de literatura
admmaurogommes@hotmail.com

Não dá para esconder os fatos e seus efeitos quando um momento de crise assola o país. Isso deixa toda a sociedade em pânico, furtando-se das forças necessárias para reconstrução do presente e projeção do futuro. No entanto, a maneira de encarar os desafios pode fazer toda a diferença. Escolher o lado da luta faz parte da estratégia para vencer. 
Por exemplo, numa época em que muita gente chora com facilidade, oportuno é abrir uma fábrica de lenços. Em uma cidade em que é precário o fornecimento de água potável e nas torneiras só aparece lama, em vez de reclamar, uma pessoa habilidosa torna-se vendedora de água, utilizando-se de caminhão-pipa ou até mesmo de um burro de carga. O importante é lutar com as forças que se tem, enquanto se pode. 
Certa vez, um aluno dormiu na sala de aula, no momento em que o professor colocava no quadro uma questão de matemática de difícil resolução. Enquanto escrevia, ia alertando que a questão era muito complicada e que ninguém havia resolvido nas turmas em que lecionou. Naturalmente, nenhum dos estudantes encontrou a resposta certa.  Quando o aluno que dormia se acordou, e viu a questão do quadro, respondeu de imediato. Foi o único da sala a encontrar o resultado. Aí, o mestre indagou: Você não ouviu quando eu disse que era difícil a questão?  Desculpe-me professor, disse o aluno, eu não ouvi o senhor falar sobre as dificuldades por isso meti a cara e respondi.
Quando não se conhece o problema, é como se ele não existisse. É o caso também de uma senhora que morava na zona rural, bem distante da cidade. Em uma oportunidade, perguntaram-lhe sobre a crise. O que é crise? Não sei bem o que isso? A mulher ficou confusa com esta palavra estranha ao seu vocabulário. E continuou: Porque aqui onde eu moro, todas as coisas permanecem do mesmo jeito, eu levanto cedo e sempre tem coisa para fazer. Desde o tempo da minha avó é assim. As galinhas continuam pondo, a lavoura que eu planto arranco no tempo certo, os bodes e as cabras continuam reproduzido e o leite da minha vaquinha ainda tem o mesmo sabor. Você pode me explicar o que é mesmo esse negócio de crise? 
Na verdade, não é só ignorar o obstáculo que ele desaparece. Mas enfrentá-lo com entusiasmo é fundamental. A maneira de avaliar a crise é outro ponto a ser entendido e apresenta-se de modo positivo ou negativo. Se alguém não vê possibilidade de resolução a curto prazo, com certeza, a curto prazo não virá a solução para o problema. O otimismo apressa a saída do túnel. Diante do impasse, estamos acostumados com a impossibilidade de ultrapassar as barreiras e aprendemos que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Na verdade, o dito popular está incompleto: Se lutar o bicho pode fugir. 


Publicado no Jornal FOLHA DE PERNAMBUCO (1/11/2016)

29 de outubro de 2016

DICAS SOBRE O ENEM


Esteja bem informado
A redação do Enem é sempre estruturada de forma a produzir um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema, proposto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaionais (Inep), ligado à atualidade. Por conta disso, procure estar atualizado com o conteúdo dos grandes veículos de imprensa, em especial, as discussões sociais e políticas do momento, no Brasil e no mundo.

Lembre-se das competências
Na hora de entrar para fazer a prova, é importante que o candidato ou a candidata tenha, fresca na memória, a estrutura básica de um texto dissertativo-argumentativo. Mas quem quiser ter certeza de estar pensando em tudo, deve também tentar decorar os critérios dos avaliadores, para se assegurar que não há distanciamento entre o que eles esperam de você e o que seu texto entrega:

Domínio da norma padrão da língua escrita.
Compreensão da proposta.
Capacidade de organizar e relacionar informações.
Construção da argumentação.
Elaborar proposta de intervenção ao problema exposto.

Não se preocupe apenas com a ortografia
O cuidado com a ortografia é sempre muito importante (evite repetições, revise sua escrita e tome cuidado com o que colocar no papel, final, o exame todo deve ser respondido à caneta preta), mas não é o único detalhe que pode custar pontos na hora da escrita. Para se garantir no domínio da língua escrita é imprescindível demonstrar:

Domínio da pontuação (variedade de pontuação bem empregada).
Riqueza de vocabulário.
Tom formal, fugindo dos recursos da oralidade.
Uso de termos específicos para a temática.
Domínio das relações sintáticas, unindo orações de forma a fazer sentido e construir um pensamento mais complexo, enfático.
Uso correto dos pronomes relativos, como que, do qual, da qual, à qual, a quem etc.
Respeito às normas de regência verbal e nominal, atentando-se ao emprego da crase, por exemplo.

Não fuja ao tema proposto
Todo ano, um tema referente à atualidade é eleito como central à redação do Enem. É a partir dele que os inscritos no exame devem desenvolver um pensamento argumentativo e, para que isso seja feito com sucesso, é extremamente importante que não se perca o foco em relação à proposta original. Para isso:

Seja direto: não enrole para abordar o tema, pois isso facilita o desvio da discussão.
Empregue conhecimentos de outras áreas que sejam pertinentes à proposta de redação.
Demonstre sua opinião pessoal sobre o assunto, apoiando-a em fatos atuais ou referências teóricas como grandes pensadores ou até produções culturais de relevância.
Sintetize o que foi elaborado em uma proposta de solução voltada à problemática central do tema abordado. Seja claro e conciso.

Faça uma boa introdução
O cartão de visitas do seu texto tem de ter de tudo um pouco: apresentar o contexto do tema, oferecer uma visão geral do que será abordado no texto e mostrar sua relevância e atualidade por meio da citação de casos recentes.
Além disso, ele deve interessar o leitor na sua redação. Uma boa ferramenta para isso pode ser destacar a questão central à problemática do tema abordado já no primeiro parágrafo, inserindo nele uma pergunta a ser respondida pelo texto.

Faça com que seu texto chame a atenção do avaliador
Cada avaliador do Enem corrige, em média, 74 redações por dia. Isso faz com que ele desprenda aproximadamente 6 minutos para cada texto, o que pode fazer a diferença se sua redação tiver aquele "algo a mais". Mas como consegui-lo?

Siga ao máximo o padrão e estilo do texto dissertativo-argumentativo. Não é hora de inventar moda, afinal, a maior parte dos avaliadores deve valorizar uma conformidade com modelos.
Evite ao máximo erros gramaticais graves (e tente revisar para evitar aqueles deslizes de caligrafia também).
Faça com que seu texto chame atenção de alguma forma. Avaliado entre outras 74, sua redação pode ser aquela que conquista realmente o avaliador, caso tenha um diferencial característico.

Textos de apoio: eles podem te salvar
Acredite: eles não servem só para te dar alguns argumentos de última hora. Os textos de apoio, além de servirem como inspiração, são como guias para a perspectiva de reflexão esperada pelos avaliadores. Por meio de uma boa interpretação deles, é possível inferir de onde deve partir uma argumentação e como ela deve ser sustentada pelo inscrito.


Fonte:


27 de outubro de 2016

VITAL CORRÊA - O POETA DE ALMA SECA

  Por Amanda Caroline

Amanda Caroline Freitas de Araújo
Letras – 1° Período
                                                      











         “Quanto mais fácil o texto, menos o cérebro trabalha.” É isto que afirma Vital Corrêa de Araújo, quando questionado a respeito de seus poemas enigmáticos. Típicos poemas absolutos. Para Vital, quanto mais simples o texto, mais retardatária a mente tende a se tornar. É como um poço que, para dele se extrair água, é preciso cavar. Ele se autoclassificou como o poeta de alma seca, em debate sobre a Poesia Absoluta, realizado em 20 de setembro de 2016, na FAMASUL (Faculdade de Formação de Professores da Mata Sul). Vital declara que a emoção prejudica a poesia:
“A poesia é a liberdade absoluta do ser humano.” Parafraseando Admmauro Gommes, é como escrever na areia da praia. A partir de uma máxima como esta, pode-se tentar, pelo menos, imaginar uma infinidade de possíveis explicações para uma mesma afirmativa.
A maioria dos poemas prosaicos são versificados, regidos por regras. Por isso, há necessidade da Poesia Absoluta, em nossa literatura. A P.A. precisa quebrar as portas do futuro, cinza que nos espera. Ao nos depararmos com um poema prosaico versificado, VCA nos aconselha a desconfiarmos, mas enquanto não estivermos entendendo o que ele quer dizer, que continuemos a lê-lo. Tanto afirma, que em seu livro Prosa: Futuro Arcaico é possível encontrar vários fragmentos onde se declaram que poema não diz nada: “Todo poema é indizível, é do âmbito do indito.” (Flutuação da Significação Poética), “A poesia situa-se no reino no indizível, serve para indizer, é da ordem do indito.” (Iguaria Para Neurônios), “... o âmbito do dizer é da prosa, o indizível, da poesia.” (A Palavra Poética).
Na visão vitalina, a poesia não pode ser contaminada pela prosa, nunca. O poeta da metáfora (como o descreve Sébastien Joachim), diz que a P.A. é a prosa complexa do futuro, o passado depois de filtrado pode até trazer muitas lições, mas você não deve se voltar para ele. O ser não está no é, está no vir.
Crítico e antenado, no livro Prosa: Futuro Arcaico, VCA faz diversas ressalvas sobre o excesso do capitalismo. De forma explícita: “Um escritor vendido pela mídia cultural (de massa) como objeto. E é assim que se realizam.” (Vocação Absoluta). E implícita: “... verdades ilógicas, mas verdadeiras, realidades não lucrativas e máscaras sem valor de troca (ou uso) são possíveis na poesia.” (Papel Leitor ou Poesia e Sentimento). Onde ratifica inconformado “A educação não pode gerar lucros.”  
Para o filósofo e professor Reginaldo Oliveira, a filosofia ajudou Vital, que sempre se interessou pelos filósofos modernos de difícil compreensão: “Essa Poesia Absoluta é coisa de doido.”, afirma de forma descontraída. Em contraponto, Vital justifica: “Para libertar a alma é preciso antes quebrar as barreiras da mente, libertá-la das coisas que atrasam é desbloquear a criatividade humana.”
Quem conhece a poética de Vital sabe que ele escreve para total desgaste e intriga do leitor. Seus poemas são de difícil compreensão, sem nexo ou verbos de ligação e acabam causando uma bagunça na mente de qualquer pessoa, despertando uma curiosa vontade de compreendê-lo. Vontade essa que não tem sucesso. Não obstante, quem tem o prazer de conversar com ele, sabe que VCA não escreve a poesia absoluta, Vital mastiga, come e vive-a.
  
A Gommes, Prof. Reginaldo Oliveira e VCA

8 de outubro de 2016

NORDESTINO É CABRA MACHO

CARO ADMMAURO
Busco a partir deste instigar vossa senhoria à seguinte reflexão:
Como é ser um Nordestino "cabra macho" em pleno 2016??
Época em que são cultuados tantos diferentes gêneros e em concomitante um tempo onde ainda há tanta discriminação.
Como o Nordestino "cabra macho" se vê dentro de toda essa confusão?
                                                                   Um abraço, Tarek Farah

Resposta de Admmauro Gommes


Nordestino é cabra macho
Mas muito respeitador
Vê o mundo evoluindo
De modo assustador
Casamento diferente
Da época de seu avô.

Mas, o que pode fazer
Se a mudança é geral?
Tanto muda para o bem
Quanto muda para o mal.
Eu só sei que todo mundo
Tem seu direito igual.

Só não pode acontecer
O maltrato sem razão
Discriminar a pessoa
Por causa da opção
Isso é crime pesado
A tal discriminação.

De resto, nada a dizer
Procuro fazer o bem
Eu nunca fui obrigado
Seguir os passos de alguém
Quem não quer ser maltratado
Não discrimine ninguém.


7 de outubro de 2016

EU QUERIA VER DE NOVO AQUILO QUE NUNCA VI

                       

POEMA PREPARADO PARA PEDRO (PROJETEC)       
Admmauro Gommes 













Déjà vu é como ver
O que não aconteceu
Que ainda não ocorreu
Difícil de entender
Antes de acontecer
Num mundo que não vivi
Eu lembro que eu sorri
E ao sentir me comovo
Eu queria ver de novo
Aquilo que nunca vi.

Há coisa no calendário
Que quero ver outra vez
O fim de tudo e o mês
Rever o meu centenário
Mudar todo itinerário
E negar que não morri
Como carta que já li
Escrever para meu povo
Eu queria ver de novo
Aquilo que nunca vi.

Este poema que agora
Eu acabo de inventar
Nunca o vi declamar
Em um tempo de outrora
É antigo, muito embora
Só hoje compreendi
Que a ave eu conheci
Antes de nascer do ovo
Eu estou vendo de novo
Aquilo que nunca vi.



Déjà vu, pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”. Déjà vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca o viu antes

20 de setembro de 2016

LIVRO DE VITAL CORRÊA DE ARAÚJO


"Nos seus vários livros (10, entre 2010/2012), VCA construiu uma barreira de compreensibilidade inexpugnável, algo que somente agora os professores, graduados e graduandos (desde a 1ª série) da FAMASUL estão a derrubar, vencer, separar... e o estão fazendo com nítida competência." Cláudio Veras


Este livro é grátis. 

É seu. Basta acessar:

17 de setembro de 2016

A FORÇA QUE O VOTO TEM

            Admmauro Gommes

Eis que se ouve um clamor 
a voz dos desesperados. 
Não só clama por justiça 
quem já foi injustiçado. 

Clama quem sente na pele 
o que no outro se inflama 
clama quem sofre a dor 
da alma que é humana. 

Como não querer olhar 
aquele que estende a mão 
porque lhe falta a saúde 

porque lhe falta o pão? 

Enquanto isso, estampam 
cada dia, os jornais: 
desvio na educação 
e verbas dos hospitais. 

E eu que não sou governo 
sou um simples cidadão 
o que faço com meu voto 

no dia da eleição? 

Eu vou atrás de promessa? 
Vou atrás de falsidade? 
Ou voto numa proposta 
pra salvar minha cidade? 

Como poder vem do povo 
para ele se construa. 
Eu peço aos governantes: 
ouçam o clamor da rua. 

De lá vem o sofrimento 
a fala do esquecido 
a voz de quem não tem voz 

o grito do oprimido. 

Se o eleitor soubesse 
a força que o voto tem 
salvaria o país 

apenas votando bem. 



ASSISTA AO VÍDEO 
A FORÇA QUE O VOTO TEM :

12 de setembro de 2016

MÚSICA EM JAQUEIRA

RECORTES DA MUSICALIDADE DE RICARDO GUERRA

Depoimentos de Admmauro Gommes, Silvio Júnior, Manoel de Andrade, Floriano Filho, Wilson Santos, José Rodrigues, João Constantino e Caio Lima.

Participações especiais: Tiago Vasconcelos e Floriano Filho.


Veja o vídeo

Ricardo Guerra (poeta, historiador, professor universitário e músico)