14 Poemas de Admmauro Gommes , Cleber Teixeira, Neilton Farias, Rejane Correia, Genyff
Farias , José Rodrigues Filho (Zé Ripe), Sylvia Beltrão, Marcondes Torres Calazans , Ademac Gommes, Kenedy Wellington Moreira e Silva, Vital Corrêa de Araújo, Suzane Ferreira, Edson
Marques e Fábio Nazaro
Sobre
a polêmica se existe inspiração ou não, provoquei os participantes de um
minicurso na FAMASUL (02/03/15) instigando-os a
criarem um poema a partir da “inspiração” obtida em um rótulo de margarina, onde se lê “contém aromatizante sintético idêntico ao natural." Eu criei um texto, que posto logo a seguir, e aguardo a produção literária deles e de quem se aventurar neste desafio.
criarem um poema a partir da “inspiração” obtida em um rótulo de margarina, onde se lê “contém aromatizante sintético idêntico ao natural." Eu criei um texto, que posto logo a seguir, e aguardo a produção literária deles e de quem se aventurar neste desafio.
IDÊNTICO AO
NATURAL
Admmauro
Gommes
O
teu amor contém
aromatizante
sintético idêntico ao natural
como
fórmula
da
margarina
da
amarga rima
que
de artificialidade
inflama
o coração
cansado
de saudade.
Na
verdade
nenhuma
verdade se publica
nas
embalagens industriais
apenas
a propaganda
inventa
amores artificiais.
E
por não substituir o que trago no peito
e
por teus afagos poli-insaturados
o
nosso trato está desfeito.
Ela pode não ser manteiga
meiga
magra
mágica
é a margarina sua substituta
que em minha mesa disputa
uma pincelada no pão
para uma dia de luta.
Não importa se poli
mono
trans
em minha mesa, ela faz
gostosas as manhãs.
MARGARINA, ADRENALINA E SEROTONINA
ser
feliz é o que importa.
MARGARINA MATINA
Kenedy Wellington Moreira e Silva
Na aurora me desperto, com um aroma inigualável.
Um alimento de sustança tentadora, chamada margarina.
Cremosa, consistente de um cheiro agradável.
Chegando à mesa matinalmente deliciosa e divina
Palavra forte de personagem delicada e feminina.
Absoluta e convincente atrai-me até a mesa
Um primor comestível, como toda moça menina.
Amarelada, assim deleitava-me na sua delicadeza.
Sentado à mesa, dialogava sua finura e sua excelência.
Personalizada e inconfundível assim é sua essência.
(A)MARGA-RINA
MARGARINA, MEU AMOR
(confissão de amor a margarina)
Vital Correia de Araújo
Amor aromatizante e sintético ao natural nu
prenhe de polinsaturados afagos (meigos e moles)
é o que Admmauro numa lata de margarina demarca
densa homogenia e pote de solidão dispara
a inefável Genyff magicamente
um bom anúncio faz qualquer um comer
a malfadada margarina (até mesmo Confúcio
e Sidarta) diz com primor (amargurado) Zé Ripe.
A excelente (e absoluta) Sylvia Beltrão fuzila:
Sou cítricamente apta
mas de sensibilidade aromática sintética
uma mulher amargarinada
com todo carinho e amanteigado respeito.
Sintética ou idêntica ou natural
(ou edênica ou Infernal)?:
dúvida mortal, finaliza Sylvia B.
E segue: com ácido lático e lecitina, amo.
Faz Ademac deslizar o aromatizado
sintático das curvas da imaginação
pelos mares de páginas virtuais.
Para o filósofo Marcondes
margarina não tem efetivamente coração:
este já derreteu a priori
mas guarda esmero garbo da perfeição
de sublime química industrialírica
porém alto desprimor pelo grau de lipídio
elevado companheiro cordial do sal insone.
Mas, questiona Marcondes Soberbo e mestral:
para que serviria o amor sem aromatizante
e derretido no prato do leito crucial
o sêmen de cor cremosa e apressadinho
e esfuziante, dando seu espetáculo?
De que serve afinal amor carnal sem sal
(a não ser de pobre rima)?
Edson Marques é definitivo:
o que não se consegue
dizer com palavras mas sentir na boca
o sabor da derrota é perfeito.
E finalmente Fábio resume tudo a:
fugaz essência da margarina
envolveu-me o coração, dilapidou a paixão,
levando-me a um melancólico
precipício em meu peito.
Em adendo digo: primor só cremoso
(porque primeiro: o creme compensa)
sal só amargo como a vida de qualquer manteiga.
De Bunge se espera tudo.
Enfim, margarina amacia o sabor da alma margarida.
SONHO DE MARGARINA
Cleber Teixeira
Cleber Teixeira
Amamos
o sonho, pois a vida é ventura
e é mesmo no universo onírico
que construímos a mais doce quimera.
É pra lá que evadimos
e é mesmo no universo onírico
que construímos a mais doce quimera.
É pra lá que evadimos
quando o mundo não tem mais jeito.
É de desejo que somos feitos
e assim perseguimos a cura da angústia,
a bonança e a fortuna,
à revelia da fúria dos anos.
Amamos o devaneio e o delírio,
já que a lucidez nos agride os olhos
e a mímesis humana apenas reafirma o caos,
o pesadelo recorrente
É de desejo que somos feitos
e assim perseguimos a cura da angústia,
a bonança e a fortuna,
à revelia da fúria dos anos.
Amamos o devaneio e o delírio,
já que a lucidez nos agride os olhos
e a mímesis humana apenas reafirma o caos,
o pesadelo recorrente
do qual não conseguimos despertar.
Amamos o sonho
pela sua cadência fluida,
pela sua melodia harmoniosa,
pela sua massa pastosa,
que contém aromatizante
Amamos o sonho
pela sua cadência fluida,
pela sua melodia harmoniosa,
pela sua massa pastosa,
que contém aromatizante
sintético idêntico ao natural.
MÁGICA
MARGARINA
Ela pode não ser manteiga
meiga
magra
mágica
é a margarina sua substituta
que em minha mesa disputa
uma pincelada no pão
para uma dia de luta.
Não importa se poli
mono
trans
em minha mesa, ela faz
gostosas as manhãs.
MARGARINA, ADRENALINA E SEROTONINA
Rejane Correia da Silva Mello Mello
A margarina
lembra um
comercial de uma menina
(linda,
sorridente)
numa família
feliz
nada errado,
nem por um triz.
Margarina:
Adrenalina?
Dopamina?
Serotonina?
Bem-estar,
felicidade ou encenação?
Não importa.
Tudo é uma
simples sugestão
para ser
feliz
com ou sem
margarina
voltemos a
ser meninos/meninas
e desfrutar
do hoje
com gosto,
com sal.
Não deixemos
a vida ficar insossa
sem esquecer
da eterna busca do homem:
ser feliz.
Podemos nos afogar
nos lipídios
no sal da
vida cotidiana
mas o gosto
não deve ser perdido
porque algum
dia o prazer
e a
satisfação batem à porta
e do pote
ela se esparrama
gritando,
dizendo:
com
margarina/ sem margarina
MARGARINA MATINA
Kenedy Wellington Moreira e Silva
Na aurora me desperto, com um aroma inigualável.
Um alimento de sustança tentadora, chamada margarina.
Cremosa, consistente de um cheiro agradável.
Chegando à mesa matinalmente deliciosa e divina
Palavra forte de personagem delicada e feminina.
Absoluta e convincente atrai-me até a mesa
Um primor comestível, como toda moça menina.
Amarelada, assim deleitava-me na sua delicadeza.
Sentado à mesa, dialogava sua finura e sua excelência.
Personalizada e inconfundível assim é sua essência.
(A)MARGA-RINA
Genyff Fαrias
Densa
homogenia
der
re
ten
do
melando meus dedos,
melando meus dedos,
minha
boca,
meu
bigode
num
gosto salgado...
tão
concentrada no quadrado do seu pote!!!
tão
imensa e tão pequena!
....
Sem
dúvida
um
pote de margarina
é
um dos melhores companheiros
de
solidão!
MARGARINA
José Rodrigues Filho (Zé Ripe)
Odorizante
sintético igual
é boa farsante
essa cremosa
a base de vegetal
macia sedosa
e entope-me
desse mesmo jeito
mata a infame
a indústria
busca similar sabor
quando o cria
falsa manteiga
expõe a família
rica, meiga
no bom anúncio
todo mundo a comer
até Confúcio
come com prazer
do mais puro herbal
quase sem saber
enfarta, morre
desse ser sintético
químico porre
impregnada
no corpo e coração
plastificada.
sintético igual
é boa farsante
essa cremosa
a base de vegetal
macia sedosa
e entope-me
desse mesmo jeito
mata a infame
a indústria
busca similar sabor
quando o cria
falsa manteiga
expõe a família
rica, meiga
no bom anúncio
todo mundo a comer
até Confúcio
come com prazer
do mais puro herbal
quase sem saber
enfarta, morre
desse ser sintético
químico porre
impregnada
no corpo e coração
plastificada.
MULHER
MARGARINA
Sylvia Beltrão
Sou citricamente ácida
Sylvia Beltrão
Sou citricamente ácida
mas
de sensualidade aromática
uma
mulher margarina
que
derrete na surdina
e
isso não me anima!
Sintética
Idêntica
ou
natural?
Te
boto nessa dúvida mortal.
Corante
e acidulante
artificial
e natural
entre
a ficção e o real
na
minha composição sentimental...
...ou
industrial?
Confidências
amarelas
azuis
como sequelas
um
lance cítrico
com
ácido lático.
Queres
os meus aromatizantes
ou
preferes os antioxidantes?
Cisma
de lecitina
derretida
na terrina.
Sinto
muito
demoraste
demais
no
pote não encontrarás mais
nem
os vestígios dos meus olhos vegetais.
Mas
volto à velha confissão
que
sempre arranco de mim com emoção:
derretida
por ti como uma mulher margarina
e isso não me anima!
e isso não me anima!
AROMATIZANTE
PLASMÁTICO
Ademac Gommes
Densa e Plasmática
passeia sobre o
desejado,
deslizando o
aromatizante sintético
nas curvas da
imaginação.
Idêntico ao natural
faz brilhar o sonho
encantador,
contém cor, cheiro e
sabor
em uma inspiração sem
igual.
MARGARINA SEM CORAÇÃO
Marcondes Torres Calazans
Teu
nome te eleva ao mais alto pedestal
onde
poderia haver perfeição
se
o teu sabor não fosse artificial
ó
Pimor, margarina sem coração.
Primor,
sinônimo de excesso a apuro
embora
com o sódio que te conserva jovem
para
estimular o prazer deveras então.
Brio,
delicadeza
esmero
garbo da perfeição sublime.
Desprimor
pois não és natural
pelo
teu elevado grau de gordura
aromatizante
sintético idêntico ao natural
que
te faz artificial.
O
teu rosto na tampa a imagem que encanta
uma
torrada de pão em fatia
Uma
xícara de café ao leite.
Que
apura a imaginação.
Pois
então...
Gordura
saturada
gordura
trans
sódio,
o sal que machuca
a
vitamina “a” que compensa
por
isso, não fazes bem ao coração.
SENTIMENTO SEM SAL
Suzane Ferreira - 2° Período de Letras
De que adianta teres beleza hipnotizante
olhar fascinante
sorriso revigorante
se teu amor não contém aromatizante?
De que adianta se em teu corpo sintético
não há pulsar frenético
valor energético
só humor patético?
Em tua alma vaidosa
não há cor cremosa
nem a inquietude desastrosa
de uma águia maliciosa.
Teu rosto angelical
idêntico ao natural
transformou esse amor carnal
em sentimento sem sal.
Suzane Ferreira - 2° Período de Letras
De que adianta teres beleza hipnotizante
olhar fascinante
sorriso revigorante
se teu amor não contém aromatizante?
De que adianta se em teu corpo sintético
não há pulsar frenético
valor energético
só humor patético?
Em tua alma vaidosa
não há cor cremosa
nem a inquietude desastrosa
de uma águia maliciosa.
Teu rosto angelical
idêntico ao natural
transformou esse amor carnal
em sentimento sem sal.
DECEPÇÃO
AROMATIZANTE
Edson Marques - 2º Período de Letras
Por certo
se
sente a decepção aromatizante
o cheiro putrificado das uvas frustrações.
Por certo se sente o gosto das podres maçãs da vida
que assadas pelas margarinas
o cheiro putrificado das uvas frustrações.
Por certo se sente o gosto das podres maçãs da vida
que assadas pelas margarinas
que
fritam e queimam por dentro
o
que não consegue se dizer com palavras
mas sentir pela boca o sabor da derrota
mas sentir pela boca o sabor da derrota
o
sabor do fracasso e
principalmente
o
sabor inesperado dos cocos azedos
que
a vida reserva.
Bem como as desilusões e os desenganos
Bem como as desilusões e os desenganos
que
são provados como óleo velho
e ainda saber que o mais frustrante dos fatos
e ainda saber que o mais frustrante dos fatos
era
não obter a essência do malbec esperado
e o quanto os azeites da vida
e o quanto os azeites da vida
nos
fazem degustar ainda os erros cometidos
que
já não podem ser consertados
o
sabor inesperado dos cocos azedos
que
a vida tem reservado.
AMOR SINTÉTICO
Fábio Nazaro - 1° Período de Letras
Fábio Nazaro - 1° Período de Letras
Atraído por um amor sintético
que com seu aromatizante de desejo
envolveu meu coração
dilapidou minha paixão
com essa essência fugaz
conduziu-me a um precipício de melancolia
ocultando o encanto da alegria
que em meu peito
aos
poucos sucumbia.
AGORA SÓ FALTA VOCÊ
Mande o seu!
Sentimento Sem Sal
ResponderExcluirSuzane Ferreira - 2° Período de Letras
De que adianta teres: Beleza hipnotizante,
Olhar fascinante,
Sorriso revigorante,
Se teu amor não contém aromatizante?
De que adianta se em teu corpo sintético
Não há pulsar frenético,
Valor energético,
E humor patético?
Em tua alma vaidosa
Não há cor cremosa,
Nem a inquietude desastrosa,
De uma águia maliciosa
Teu rosto angelical,
Idêntico ao natural
Transformou esse amor carnal
Em sentimento sem sal.
Haicai
ResponderExcluirAmores Sintéticos
E é por perto
Que todo sintetico
não ama certo
Sapato Natural
Não só esfria
mas também cansa até o
dia que não anda
Preguica Identica
Eu me olho e
cansado de se cansar
por tanto sonhar
Tristeza Armatizante
Eu não consigo
Inspirar os morangos
que me traí tanto
Aqui trago mais um lixo poetico
ExcluirGrito Inconsciente
O subconsciente
Ainda sente
O que alma nao fala
Adalberto Silva 1° período
ResponderExcluirÍNDIO SINTÉTICO
Cadê?
Cadê o que?
Cadê você de cabelos lisos,
Nas minhas matas?
Estás lá?
Não vejo-te mais.
Eles vieram e te levaram,
Tiraram tua identidade.
Só nos resta Tainá
Sintética.
Bem, na terça-feira (03/03/15) o professor Admmauro pediu para os alunos que estavam em seu minicurso fazerem um haicai, aí está o qual eu tinha feito na aula:
ResponderExcluirNa vida gente
Há muitas controversas
Em nosso inconsciente.
MULHER MARGARINA
ResponderExcluir(Sylvia Beltrão)
Sou citricamente ácida
mas de sensualidade aromática
uma mulher margarina
que derrete na surdina
e isso não me anima!
Sintética
idêntica
ou natural?
Te boto nessa dúvida mortal.
Corante e acidulante
artificial e natural
entre a ficção e o real
na minha composição sentimental...
...ou industrial?
Confidências amarelas
azuis como sequelas
um lance cítrico
com ácido lático.
Queres os meus aromatizantes
ou preferes os antioxidantes?
Cisma de lecitina
derretida na terrina.
Sinto muito
demoraste demais
no pote não encontrarás mais
nem os vestígios dos meus olhos vegetais.
Mas volto à velha confissão
que sempre arranco de mim com emoção:
derretida por ti como uma mulher margarina
e isso não me anima!
Haicai contemporâneo
ResponderExcluirCORREDOR
(Sylvia Beltrão)
No corredor da vida
corre dor letal
corre dor no corredor.
MARGARINA
ResponderExcluirOdorizante
sintético igual
É boa farsante
Essa cremosa
A base de vegetal
Macia sedosa
E entope-me
desse mesmo jeito
Mata a infame
A indústria
Busca similar sabor
Quando o cria
Falsa manteiga
Expõe a família
Rica, meiga
No bom anúncio
Todo mundo a comer
Até Confúcio
Come com prazer
Do mais puro herbal
Quase sem saber
Enfarta, morre
Desse ser sintético
Químico porre
impreguinada
No corpo e coração
Plastificada
Margarina
ResponderExcluirEla pode não ser manteiga
Meiga,
Magra,
Mágica
É a margarina sua substituta
Que em minha mesa disputa
Uma pincelada no pão
Para uma dia de luta
Não importa se poli
Mono,
Trans,
Em minha mesa, ela faz
Gostosas as manhãs.
MARGARINA MATINA
ResponderExcluirKenedy Wellington Moreira e Silva
Na aurora me desperto, com um aroma inigualável.
Um alimento de sustança tentadora, chamada margarina.
Cremosa, consistente de um cheiro agradável.
Chegando á mesa matinalmente deliciosa e divina
Palavra forte de personagem delicada e feminina.
Absoluta e convincente atraia-me até a mesa
Um primor comestível, como toda moça menina.
Amarelada, assim deleitava-me na sua delicadeza.
Sentado á mesa, dialogava sua finura e sua excelência.
Personalizada e inconfundível assim é sua essência