11 de novembro de 2012

NA FAMASUL


LITERATURA E REGIONALISMO (8.11.12)
Palestra de Admmauro Gommes

RESUMO
Toda literatura universal tem suas bases no regionalismo porque é no espaço local onde ocorrem as cenas cotidianas. Torná-las universais é uma questão de saber manejar a plasticidade cultural que acontece quando o escritor lança mão de recursos mais envolventes, como a intertextualidade, para promover sua região. Revisitar temas já consagrados como o amor, ódio, inveja, saudade, liberdade, medo e morte, encontrados na Bíblia, na Mitologia Grega ou em clássicos da literatura, é uma maneira eficaz de construir o intertexto e colocar o regional em evidência. Como exemplos, basta citar Grande Sertão: Veredas (Guimarães Rosa), Vidas Secas (Graciliano Ramos), Menino de Engenho (José Lins do Rego) e Urupês (Monteiro Lobato), em que se refletem as adversidades humanas que têm sido as mesmas durante toda a história da Humanidade. É por isso que o poeta visto na amplitude que a palavra lhe empresta, como criador, utiliza-se muito bem dessa prerrogativa e inventa um mundo analisando temas que denunciam o ser humano, em qualquer lugar, como suas vivências e paixões. Deste modo, a promoção da literatura regional é uma das tarefas que envolvem o tempo do escritor, ao receber influências no momento em que produz sua obra. Os poetas da MPB também têm essa perspectiva, como se verifica no Nordeste cantado por Luiz Gonzaga, pelo viés dos compositores Humberto Teixeira e Zé Dantas. Asa Branca se encaixa nesse perfil, pois é um clássico da poesia nacional, acompanhada da melodia que a universalizou, mas, sobretudo, regionalista, por sua natureza literária.
Palavras-chave: Literatura. Regionalismo. Intertextualidade. Nordeste.



O REGIONALISMO É UMA TENDÊNCIA UNIVERSAL
Maasséia Taffnes Machado da Silva
V Período de Letras/ FAMASUL



              O regionalismo é uma tendência primordial para o desenvolvimento da literatura universal, porque as obras que hoje são reconhecidas mundialmente, primeiro tiveram o destaque local, depois se expandiram e para um escritor a valorização regional é muito importante e se tomar maiores proporções o seu esforço torna-se bem mais gratificante.
A literatura regional é bastante interessante e de fácil compreensão, quando o autor através de um personagem reflete os costumes, cultura, história e a aparência local de uma determinada região, deixando os leitores encantados e familiarizados com várias situações existentes no enredo. Podemos ter como exemplo de familiaridade a obra Vidas Secas de Graciliano Ramos, onde nos sentimos incluídos em varias situações que ele usou com um contexto literário para falar da nossa região criando um forte laço entre o leitor e a obra.
Uma obra regionalista tem grandes chances de tornar-se universal quando não está focada apenas em uma determinada situação, mas sim, quando se volta para um acontecimento histórico ou denuncia fatos que tenham interesse mundial e se traduzida para qualquer idioma seja claramente entendida Por isso, o autor tem que deixar o “eu” um pouco de lado, para enxergar o que realmente interessa.
Portanto, devemos valorizar a cultura e as raras personalidades que temos em nossa região, pois são elas que nos fazem reconhecidos e repeitados perante a sociedade nos proporcionando varias conquistas Se deixarmos de valorizar nossas raízes para focarmos em contextos que não têm a ver com a nossa realidade, ficaremos sempre no anonimato e privilegiando um mundo que não reflete em nada no nosso.
 

2 comentários:

  1. Maria Wênia Oliveira Pereira
    V período

    O Regionalismo na Literatura

    A literatura regionalista expressa traços de momento histórico e de realidade social; Sua grande tendência é apresentar as cenas cotidianas que ocorrem no espaço local, este que será abordado com amplitude, podendo falar também de sua cultura e de seus costumes.
    Tornar uma obra regionalista em universal, não é tão difícil quanto nos parece, basta apenas manejar seu saber maneja-la; nunca forcar em apenas uma determinada situação, e sim, apresentar um fato histórico, assim o autor visa retrata-lo de maneira mais profunda. Um dos que universalizou foi o Rei do Baião (Luiz Gonzaga), o qual transformou sua total situação em belas canções regionalista. Asa Branca, de autoria de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, se encaixa perfeitamente ao regionalismo, por ser uma canção de choro regional.
    Portanto, nunca devemos deixar pra trás a nossa cultura, e sempre valoriza-la; Pois, é ela que um dia vai nos dá o prazer de nos tornarmos conhecidos e valorizados diante a sociedade.

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  2. É sempre uma honra participar de palestras ministradas pelo professor Admmauro Gommes, pois é um grande estuímulo para as mentes que estão em busca de novos conhecimentos. Obrigada!.

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