Prezado amigo e poeta Genésio, minhas senhoras e meus senhores:
O intuito desta fala é fazer uma breve saudação ao poeta Genésio Cavalcanti e quero fazê-la a partir do pensamento dos ilustres professores que prefaciaram as obras Alma de Poeta e Noites ensolaradas, lançadas neste momento.
Começo com a frase que abre o prefácio
escrito pelo eminente professor Marcondes Calazans. Ele levanta a seguinte
indagação: “O que seria a vida sem o poeta?” Eu fiquei pensando nas
inquietações que levaram Calazans a fazer esse questionamento. Eu, que tive a
oportunidade de ler, ainda em forma de manuscrito, os poemas que ora se
publicam, comecei a imaginar que caminhos levaram a tal indagação e constatei
que só se pode conhecer Genésio Cavalcanti quem convive com ele, quem tem
acesso a sua intimidade ou quem ler esta obra. Nos poemas desse livro, vi a
profundidade do sentimento que o autor carrega, representada agora na figura
humana e pública que ele é.
Desse modo, ninguém conhece um escritor
ao não ser que se tenha acesso aos seus escritos, como em Alma de
Poeta, onde podemos muito bem verificar uma radiografia dos
sentimentos do escritor. Destaquei também a ingenuidade de um adolescente
através da visão madura que um poeta que conhece muito bem os caminhos da
poesia. Quando o professor pergunta o que seria a vida sem o poeta, imagino que
ele estivesse pluralizando, reconhecendo a coletividade. Eu transferiria essa
questão para o que seria de Palmares sem os poetas.
Genésio Cavalcanti |
A literatura, por assim dizer, é esse
patrimônio imaterial que destaca Palmares em todos os recantos. Se alguém puder
imaginar Palmares sem Ascenso Ferreira, sem Juareiz Correya, sem Juarez Carlos,
sem Ricardo Guerra, sem Luciano França, sem Wilson Santos, sem Francisca
Rodrigues, sem Luiz Alberto Machado, sem Rubem Machado, sem Os Griz de
Palmares, sem Telles Júnior, sem Jaorish, sem Socorro Durán, sem Jussara Cury,
sem Vilmar Carvalho, sem Luciano França... Se alguém puder imaginar Palmares
sem a presença desses e de tantos outros poetas, certamente vai constatar um
vazio na alma desta cidade e por assim entender, Genésio aparece no momento
sublime, como bem aqui destacou o professor e radialista Douglas Marques,
elevando a alma de todos nós.
Genésio Cavalcanti surge no instante em
que – aproveitando-me das palavras do Dr. Luciano França - a Terra de Hermilo
está “Renascendo em poesia.” Palmares vive um renascer poético e esta noite
festeja também o centenário do Cine Teatro Apolo, quando este poeta nos premia
com o lançamento de duas de suas obras. Foi então que passei a entender a
pergunta de Calazans: o que seria a vida sem o poeta, sem Genésio Cavalcanti? O
que seria a vida sem a poesia?
Perguntaram certa vez a Ferreira Gullar
e ele disse muito bem: “A realidade da vida é muito dura, é muito difícil, e é
por isso que se faz poesia.” É por isso que precisamos de poesia para enfrentar
as duras realidades da vida; a vida com as suas contrariedades. Assim, a poesia
nos dá esse alento, nos dá esse conforto e por isso estamos aqui reconhecendo o
surgimento de um novo poeta nos livros que contêm verdadeiras revelações de sua
alma. A bem da verdade, caberia um único título: A alma de poeta em
noites ensolaradas.
Termino as minhas palavras, nesse
momento de efervescência cultural, registrando com grande júbilo, o
renascimento da Academia Palmarense de Letras, presentes aqui seus
representantes. Portanto, estamos vivendo no tempo da plenitude literária e
você, Genésio, é um desses ícones que vem ilustrar ainda mais as letras
palmarenses.
Para finalizar, quero me valer das
palavras do meu professor Wilson Santos, no prefácio que escreveu: “Genésio,
você nos diz que a tradição literária continua viva.”
Muito Obrigado!
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Por Marcondes Calazans
A
noite da data de 29 de novembro de 2014 deixou uma marca, talvez até a
"marca para toda a vida dita" outrora dita por Hermilo Borba Filho
quando se referiu a Palmares, em um de seus momentos de introspecção poética
mais profundos.
Encanto,
reencanto fizeram da noite um grande momento de reencontro, quando se fez
presente parte da nata sociedade palmarense que gosta de poesia, e que sempre
se dispôs envolver pela mágica tão inerente a Palmares.
Nos
últimos 40 anos de história de Palmares, confesso jamais ter sido testemunha de
momentos tão inspiradores em se tratando de evento tão transcendental.
Arcádia
rutilou, a musa que sempre inspirou poetas e poetizas.
Os
100 anos do cine teatro Apolo foi emblemado pelo escritor, poeta, restaurador,
resgatador Genésio Cavalcanti.
Como
almejei que a noite da data de 29 de novembro de 2014 não acabasse jamais...os
sons, os versos, as imagens ainda vibram em mim, sacolejam a minha alma sedenta
por mais e mais e mais...
Tudo
bem! Eu tenho os livros, tenho os discos, tenho Genésio o qual posso procurar
para tocar e ver, ouvir e chorar nas lembranças de dona Celecina ao piano, num
concerto musical que assisti ao vivo pela primeira vez.
Obrigado
Poeta Genésio pela oportunidade ímpar, singular que se eternizou em meu coração
e se impregnou em minha alma.
UMA NOITE DE ENCANTO DA ALMA
ResponderExcluirA noite da data de 29 de novembro de 2014 deixou uma marca, talvez até a "marca para toda a vida dita" outrora dita por Hermilo Borba Filho quando se referiu a Palmares, em um de seus momentos de introspecção poética mais profundo.
Encanto, reencanto fizeram da noite um grande momento de reencontro, quando se fez presente parte da nata sociedade palmarense que gosta de poesia, e que sempre se dispôs envolver pela mágica tão inerente a Palmares.
Nos últimos 40 anos de história de Palmares, confesso jamais ter sido testemunha de momentos tão inspiradores em se tratando de evento tão transcendental.
Arcádia rutilou, a musa que sempre inspirou poetas e poetizas.
Os 100 anos do cine teatro Apolo foi emblemado pelo escritor, poeta, restaurador, resgatador Genésio Cavalcanti.
Como almejei que a noite da data de 29 de novembro de 2014 não acabasse jamais...os sons, os versos, as imagens ainda vibram em mim, sacolejam a minha alma sedenta por mais e mais e mais...
Tudo bem! Eu tenho os livros, tenho os discos, tenho Genésio o qual posso procurar para tocar e ver, ouvir e chorar nas lembranças de dona Celecina ao piano, num concerto musical que assisti ao vivo pela primeira vez.
Obrigado Poeta Genésio pela oportunidade ímpar, singular que se eternizou em meu coração e se impregnou em minha alma.