30 de novembro de 2014

SAUDAÇÃO DE IMPROVISO AO POETA GENÉSIO CAVALCANTI

Por Admmauro Gommes - Cine Teatro Apolo, Palmares, PE (29.11.2014)                          

Prezado amigo e poeta Genésio, minhas senhoras e meus senhores:

          O intuito desta fala é fazer uma breve saudação ao poeta Genésio Cavalcanti e quero fazê-la a partir do pensamento dos ilustres professores que prefaciaram as obras Alma de Poeta e Noites ensolaradas, lançadas neste momento.
Começo com a frase que abre o prefácio escrito pelo eminente professor Marcondes Calazans. Ele levanta a seguinte indagação: “O que seria a vida sem o poeta?” Eu fiquei pensando nas inquietações que levaram Calazans a fazer esse questionamento. Eu, que tive a oportunidade de ler, ainda em forma de manuscrito, os poemas que ora se publicam, comecei a imaginar que caminhos levaram a tal indagação e constatei que só se pode conhecer Genésio Cavalcanti quem convive com ele, quem tem acesso a sua intimidade ou quem ler esta obra. Nos poemas desse livro, vi a profundidade do sentimento que o autor carrega, representada agora na figura humana e pública que ele é.
Genésio Cavalcanti
       Desse modo, ninguém conhece um escritor ao não ser que se tenha acesso aos seus escritos, como em Alma de Poeta, onde podemos muito bem verificar uma radiografia dos sentimentos do escritor. Destaquei também a ingenuidade de um adolescente através da visão madura que um poeta que conhece muito bem os caminhos da poesia. Quando o professor pergunta o que seria a vida sem o poeta, imagino que ele estivesse pluralizando, reconhecendo a coletividade. Eu transferiria essa questão para o que seria de Palmares sem os poetas.
A literatura, por assim dizer, é esse patrimônio imaterial que destaca Palmares em todos os recantos. Se alguém puder imaginar Palmares sem Ascenso Ferreira, sem Juareiz Correya, sem Juarez Carlos, sem Ricardo Guerra, sem Luciano França, sem Wilson Santos, sem Francisca Rodrigues, sem Luiz Alberto Machado, sem Rubem Machado, sem Os Griz de Palmares, sem Telles Júnior, sem Jaorish, sem Socorro Durán, sem Jussara Cury, sem Vilmar Carvalho, sem Luciano França... Se alguém puder imaginar Palmares sem a presença desses e de tantos outros poetas, certamente vai constatar um vazio na alma desta cidade e por assim entender, Genésio aparece no momento sublime, como bem aqui destacou o professor e radialista Douglas Marques, elevando a alma de todos nós.
Genésio Cavalcanti surge no instante em que – aproveitando-me das palavras do Dr. Luciano França - a Terra de Hermilo está “Renascendo em poesia.” Palmares vive um renascer poético e esta noite festeja também o centenário do Cine Teatro Apolo, quando este poeta nos premia com o lançamento de duas de suas obras. Foi então que passei a entender a pergunta de Calazans: o que seria a vida sem o poeta, sem Genésio Cavalcanti? O que seria a vida sem a poesia?
Perguntaram certa vez a Ferreira Gullar e ele disse muito bem: “A realidade da vida é muito dura, é muito difícil, e é por isso que se faz poesia.” É por isso que precisamos de poesia para enfrentar as duras realidades da vida; a vida com as suas contrariedades. Assim, a poesia nos dá esse alento, nos dá esse conforto e por isso estamos aqui reconhecendo o surgimento de um novo poeta nos livros que contêm verdadeiras revelações de sua alma. A bem da verdade, caberia um único título: A alma de poeta em noites ensolaradas.
Termino as minhas palavras, nesse momento de efervescência cultural, registrando com grande júbilo, o renascimento da Academia Palmarense de Letras, presentes aqui seus representantes. Portanto, estamos vivendo no tempo da plenitude literária e você, Genésio, é um desses ícones que vem ilustrar ainda mais as letras palmarenses.
Para finalizar, quero me valer das palavras do meu professor Wilson Santos, no prefácio que escreveu: “Genésio, você nos diz que a tradição literária continua viva.”
Muito Obrigado!


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UMA NOITE DE ENCANTO DA ALMA
Por Marcondes Calazans


A noite da data de 29 de novembro de 2014 deixou uma marca, talvez até a "marca para toda a vida dita" outrora dita por Hermilo Borba Filho quando se referiu a Palmares, em um de seus momentos de introspecção poética mais profundos.
Encanto, reencanto fizeram da noite um grande momento de reencontro, quando se fez presente parte da nata sociedade palmarense que gosta de poesia, e que sempre se dispôs envolver pela mágica tão inerente a Palmares.
Nos últimos 40 anos de história de Palmares, confesso jamais ter sido testemunha de momentos tão inspiradores em se tratando de evento tão transcendental.
Arcádia rutilou, a musa que sempre inspirou poetas e poetizas.
Os 100 anos do cine teatro Apolo foi emblemado pelo escritor, poeta, restaurador, resgatador Genésio Cavalcanti.
Como almejei que a noite da data de 29 de novembro de 2014 não acabasse jamais...os sons, os versos, as imagens ainda vibram em mim, sacolejam a minha alma sedenta por mais e mais e mais...
Tudo bem! Eu tenho os livros, tenho os discos, tenho Genésio o qual posso procurar para tocar e ver, ouvir e chorar nas lembranças de dona Celecina ao piano, num concerto musical que assisti ao vivo pela primeira vez.
Obrigado Poeta Genésio pela oportunidade ímpar, singular que se eternizou em meu coração e se impregnou em minha alma.



Um comentário:

  1. UMA NOITE DE ENCANTO DA ALMA

    A noite da data de 29 de novembro de 2014 deixou uma marca, talvez até a "marca para toda a vida dita" outrora dita por Hermilo Borba Filho quando se referiu a Palmares, em um de seus momentos de introspecção poética mais profundo.

    Encanto, reencanto fizeram da noite um grande momento de reencontro, quando se fez presente parte da nata sociedade palmarense que gosta de poesia, e que sempre se dispôs envolver pela mágica tão inerente a Palmares.

    Nos últimos 40 anos de história de Palmares, confesso jamais ter sido testemunha de momentos tão inspiradores em se tratando de evento tão transcendental.

    Arcádia rutilou, a musa que sempre inspirou poetas e poetizas.

    Os 100 anos do cine teatro Apolo foi emblemado pelo escritor, poeta, restaurador, resgatador Genésio Cavalcanti.

    Como almejei que a noite da data de 29 de novembro de 2014 não acabasse jamais...os sons, os versos, as imagens ainda vibram em mim, sacolejam a minha alma sedenta por mais e mais e mais...

    Tudo bem! Eu tenho os livros, tenho os discos, tenho Genésio o qual posso procurar para tocar e ver, ouvir e chorar nas lembranças de dona Celecina ao piano, num concerto musical que assisti ao vivo pela primeira vez.

    Obrigado Poeta Genésio pela oportunidade ímpar, singular que se eternizou em meu coração e se impregnou em minha alma.

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