Rhalyne Moura/Amaraji
Rhalyne Moura |
Ela é uma
das tantas Marias que existem nesse mundo, mas não é apenas mais uma Maria, tem
o dom de fazer pessoas felizes e existir já é motivo suficiente para tal. A
vida lhe reservou dois casamentos e dezesseis filhos dos quais três não
sobreviveram, os outros foram com sacrifícios e renúncias, bem criados. O
semblante sempre sorridente esconde a vida dura enfrentada para chegar aos
oitenta e oito anos tendo a cara de uma criança que acaba de ganhar o brinquedo
tão almejado. Ser iluminado, alegria constante. Com um amor que não cabe em si,
altruísta por excelência, abriu mão dos seus sonhos para lutar por seus filhos
e fazer deles pessoas justas, seres humanos sensatos e mesmo que essa assunção
se desse em prejuízo de suas metas, ela arriscou sem medo, esqueceu de si e
viveu por e para eles, alcançou sucesso pleno, o que, para ela foi
consideravelmente satisfatório e está para contar a quem quiser ouvir o quanto
Deus foi e tem sido bom com ela.
Na missão nada fácil de sobreviver nessa vida tão arriscada, diria que ela tem se saído muito bem. Tem as maiores e melhores histórias para contar e é capaz de fazer com que qualquer pessoa queira permanecer na sua companhia maravilhadamente contentados com o que ali se escuta enquanto ela fica deitada no sofá menor, recostado na parede logo abaixo da janela da sala. A mania de só gostar de coisas simples faz com que todo mundo tenha grande dificuldade para presenteá-la. Teimosia e perfeccionismo são traços marcantes da criança idosa que adora fazer arte sem precisar se esconder, não abre mão de cozinhar no fogão de lenha e ainda faz questão de lavar roupas na lavanderia da área de serviço, além de tudo, faz o melhor doce de mamão com coco e a melhor cocada do mundo.
Na missão nada fácil de sobreviver nessa vida tão arriscada, diria que ela tem se saído muito bem. Tem as maiores e melhores histórias para contar e é capaz de fazer com que qualquer pessoa queira permanecer na sua companhia maravilhadamente contentados com o que ali se escuta enquanto ela fica deitada no sofá menor, recostado na parede logo abaixo da janela da sala. A mania de só gostar de coisas simples faz com que todo mundo tenha grande dificuldade para presenteá-la. Teimosia e perfeccionismo são traços marcantes da criança idosa que adora fazer arte sem precisar se esconder, não abre mão de cozinhar no fogão de lenha e ainda faz questão de lavar roupas na lavanderia da área de serviço, além de tudo, faz o melhor doce de mamão com coco e a melhor cocada do mundo.
É carinho
que não se explica, amor que não se mede e que se intensifica em cada olhar, é
o silêncio de quem medita antes de articular, é menina, mulher, mãe, avó,
bisavó, trisavó... é de aço e de flores, é um amor divino através do
cuidado humano. É ela a maior prova que no sexo frágil há uma virilidade jamais
vista. Deixa para trás os maiores guerreiros da história com a sua vida de
superação e torna-se uma guerreira realizada. Com ela eu aprendi que o maior
conhecimento do mundo não está presente nos livros, nem nas enciclopédias
inteiras, mas no amor de quem se ama. Aprendi também que a morte jamais apaga o
que alguém foi, que eternidade é além-tudo, ela me ensinou isso e continua a
mostrar os caminhos e as verdades, a melhor herança que alguém pode deixar ela
vem construindo há muito tempo e quando se for, não precisará de testamento
porque tudo de melhor que ela tem já foi dado. Foi com ela que eu entendi que a
força vem do coração e não dos músculos. Ela é para mim a imagem de Deus
eternizada no mundo. O anjo que me guarda e ilumina.
Depois de contar a história dela, apresento-lhes Maria José Soares, ou simplesmente Dona Neném. A mulher mais guerreira que eu já conheci: minha bisavó.
Depois de contar a história dela, apresento-lhes Maria José Soares, ou simplesmente Dona Neném. A mulher mais guerreira que eu já conheci: minha bisavó.
(Admmauro Gommes In: Luta dentro de mim)
no final
deste iniciam
as partes
da agonia
Sofrimento
Ao termo
da solidãO
pode começar
Ódio
da revoltA ,
da desculpA
é que
vem cobrindo a dor
de novo
a palavra
Amor .
A
TECNOLOGIA MAIS PODEROSA
(Marcondes Calazans)
As categorias listadas nos versículos de I Coríntios no
capítulo 13 são linhas diferentes das que costumamos ver nos cotidianos da
realidade atual em que se encontra a humanidade. “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor,
serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine”.(I Cor. V. 1)
Vemos na passagem a supremacia do amor. Na perspectiva de
Paulo, o problema principal quanto aos dons espirituais da igreja em Corinto
era a falta de amor. Assim, Paulo passa a elaborar sobre a natureza e a
importância do amor, como nos dias de hoje, especialmente nos lugares onde
trabalhamos.
Paulo não estava interessado em fornecer uma relação
exaustiva, ele está pensando naquele que “exerce misericórdia” e o que preside.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não
se ufana, não se ensoberbece, não se conduz com indecência, não procura seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crer, tudo espera,
tudo suporta” (I Cor. 13: 4 – 8).
Paciente... benigno... espera... suporta. As descrições de
Paulo não reduzem o amor a sentimentos baratos ou atos mecânicos. Cada termo
descreve tanto emoções quanto atitudes. Pensar no amor cristão como simples
sentimento ou simples atividade é contradizer as definições do apóstolo.
O amor jamais acaba...(I Cor. 13, v. 8).
O amor jamais acaba...(I Cor. 13, v. 8).
Podemos considerar essa declaração como um resumo dos versículos
anteriores, especialmente à luz da frase “tudo suporta” (v. 7). Ao mesmo tempo,
essa declaração permite a Paulo criar um contraste entre o amor, que permanece
(v. 13), e os dons espirituais, que cessarão.
Jyoti Amge é uma indiana que detém o título de mulher mais
baixa do mundo viva, certificada pelo Guinness World Records. Jyoti embora de
pequena estatura, 62, 8 centímnetro de altura sempre esteve preocupada com o
tamanho do amor das pessoas com as outras. Sempre fez entender que a grandeza
de um ser humano deve ser o tamanho de sua generosidade para com o outro. Disse:
“...O Amor é a TECNOLOGIA MAIS PODEROSA neste planeta - é
mais poderosa do que terremotos, tsunamis, envenenamento por radiação, guerra
nuclear, as estruturas de controle, o governo, a corrupção política, etc...
Você escolhe... O AMOR ainda é muito mais poderoso! E ao nos alinharmos no
nosso Amor Ele cria Lindas potencialidades em expansão...” (AMGE, Jyoti, 16 de
dezembro de 2011).
O que mais dizer! Amar simplesmente. Amar o outro sem que
haja necessariamente a obrigação de abraçar, beijar ou outra “coisa’ qualquer.
Amar independe de se estar perto ou longe. Quando você simplesmente ama com
atitudes de oração e meditação para quem você apenas acha que não gosta de
você, tenha certeza, ela irá mudar, pois quem estará atuando através das suas
orações é simplesmente o Espírito Santo de Deus. Creia. Por isso ame
incondicionalmente.
A CONCEITUAÇÃO DO AMOR
Qual é afinal a autêntica conceituação do amor? Minha concepção vê-se obrigada a divagar entre os mais variados juízos. Uma vez que sobrepujado o Grande Livro, como avaliar esses hiatos? Qual deles está inerente à autêntica dialética do amor?
Já cheguei a crer que o amor fosse corrosível, como assevera o autor de Sermões; que fosse mortal, como insinua Vinicius de Moraes; que fosse fogo que arde sem se ver, como certifica Camões; e ainda hoje (na qualidade de menino que sou, no auge dos meus vinte e poucos anos) continuo a divagar sobre esses conceitos transitáveis e dessemelhantes.
É bem verdade que esses grandes e respeitáveis lentes fazem alusão ao Amor Eros, cuja essência tão incógnita é a união entre casais; todavia, amor é amor: o Filo, o Eros – ambos são arraigados ao Ágape; o contrário não é amor, é outra coisa.
(QUEIROZ, Roberto de. Folha de Pernambuco, 26/02/2010, Cidadania, p. 3)
A CONCEITUAÇÃO DO AMOR
(Roberto
de Queiroz)
Qual é afinal a autêntica conceituação do amor? Minha concepção vê-se obrigada a divagar entre os mais variados juízos. Uma vez que sobrepujado o Grande Livro, como avaliar esses hiatos? Qual deles está inerente à autêntica dialética do amor?
Já cheguei a crer que o amor fosse corrosível, como assevera o autor de Sermões; que fosse mortal, como insinua Vinicius de Moraes; que fosse fogo que arde sem se ver, como certifica Camões; e ainda hoje (na qualidade de menino que sou, no auge dos meus vinte e poucos anos) continuo a divagar sobre esses conceitos transitáveis e dessemelhantes.
É bem verdade que esses grandes e respeitáveis lentes fazem alusão ao Amor Eros, cuja essência tão incógnita é a união entre casais; todavia, amor é amor: o Filo, o Eros – ambos são arraigados ao Ágape; o contrário não é amor, é outra coisa.
Não seria
difícil argumentar que, por esse critério, é genuína a conceituação de amor do
poeta Rainer Maria Rilke: para ele, “o amor é uma ocasião sublime para o
indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, por causa de um outro ser; é
uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para
longe”.
Rilke,
possivelmente, está-se referindo ao Amor Eros. Mas que fariam os frenéticos, se
tivessem que seguir (ao pé da letra) esse conceito?
(QUEIROZ, Roberto de. Folha de Pernambuco, 26/02/2010, Cidadania, p. 3)
A conceituação do amor
ResponderExcluirQual é afinal a autêntica conceituação do amor? Minha concepção vê-se obrigada a divagar entre os mais variados juízos. Uma vez que sobrepujado o Grande Livro, como avaliar esses hiatos? Qual deles está inerente à autêntica dialética do amor?
Já cheguei a crer que o amor fosse corrosível, como assevera o autor de Sermões; que fosse mortal, como insinua Vinicius de Moraes; que fosse fogo que arde sem se ver, como certifica Camões; e ainda hoje (na qualidade de menino que sou, no auge dos meus vinte e poucos anos) continuo a divagar sobre esses conceitos transitáveis e dessemelhantes.
É bem verdade que esses grandes e respeitáveis lentes fazem alusão ao Amor Eros, cuja essência tão incógnita é a união entre casais; todavia, amor é amor: o Filo, o Eros – ambos são arraigados ao Ágape; o contrário não é amor, é outra coisa.
Não seria difícil argumentar que, por esse critério, é genuína a conceituação de amor do poeta Rainer Maria Rilke: para ele, “o amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, por causa de um outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe”.
Rilke, possivelmente, está-se referindo ao Amor Eros. Mas que fariam os frenéticos, se tivessem que seguir (ao pé da letra) esse conceito?
(QUEIROZ, Roberto de. Folha de Pernambuco, 26/02/2010, Cidadania, p. 3)