OS 14 GALOPES
DE RICARDO GUERRA
E ADMMAURO GOMMES
DE RICARDO GUERRA
E ADMMAURO GOMMES
Então vamos de galope a beira mar: (Pra não mais findar)(Riccardo Guerra)
O
poema tá arretado e bastante avançado
Nos versos de Admmauro e de Marian.
Quem sabe hoje, ou depois de amanhã
Lá pras bandas da burarema, com a lua cheia,
com a minha musa dengosa e faceira,
pra confirmar esta prosa eu vou me esbaldar
poetas brincantes, com rimas alegres ao ar
proferem poemas perfeitos, e eu pegando a manha,
pra confirmar esta prosa e sua façanha
Vou cantando galope na beira do mar.
Nos versos de Admmauro e de Marian.
Quem sabe hoje, ou depois de amanhã
Lá pras bandas da burarema, com a lua cheia,
com a minha musa dengosa e faceira,
pra confirmar esta prosa eu vou me esbaldar
poetas brincantes, com rimas alegres ao ar
proferem poemas perfeitos, e eu pegando a manha,
pra confirmar esta prosa e sua façanha
Vou cantando galope na beira do mar.
Amigo Ricardo, rei da
Burarema
Há coisa que sempre
encanta o matuto
Um bebo na praça fumando
charuto
Em um batizado depois da
novena.
O mundo é grande a vida é
pequena
Há muita ciência pra
gente pescar
Um chá de carqueja pra
desinflamar
A queda do bicho parece
um coice
Danou-se, danou-se a nega
do doce
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
Famoso Admmauro do reino
encantado
Na pedra do reino seu
nome é gravado
Como um grande poeta
filho de Xexéu
Mais de vinte livros ele
já escreveu
Tem a força de Hércules
ou de um Teseu
No meio dos vinte: “Cinco
Poetas e um Luar”.
De jaqueira lhe faço um
convite arretado
Para em Maceió com tudo
acertado
Cantarmos galope na beira do mar.
Cantarmos galope na beira do mar.
Poeta
Admmauro, pode mandar galope de Xexéu pra Jaqueira, que eu mando daqui pra lá.
Abraços.
Abraços.
Depois,
juntamos tudo e vamos publicar.
Quem tem um amigo não
vive à toa
Está rodeado e nunca está
só
Pode viajar para Maceió
Campina Grande e João
Pessoa
E vara o mundo chegando
em Lisboa
Na força do bicho chamado
jaguar
E com bacamarte dá tiro
no ar
Ao lado do amigo que é
seu Ricardo
Que lá de Jaqueira é o
maior bardo
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
5 Ricardo Guerra4 de outubro de 2013 18:42
O mundo endoidou, mas não me convenço
Que até minha Nega do Doce Danou-se
Partiu proferindo palavras, encantou-se
Para um mundo dos poetas ao qual eu
pertenço.
Convidei Admmauro para ir me ajudar
E saímos os dois pelo mundo à procura
Não tínhamos noção para começar
Encontramos o tabuleiro e a Nega a vadiar
E ela não estava nem aí para tanta
frescura
Ficamos cantando galope na beira do mar.
Ficamos cantando galope na beira do mar.
6 Admmauro Gommes 4 de outubro de 2013
Você que conhece a fala
dos reis
E sabe da grota que mora
o brejeiro
Como é que um médico vem
do estrangeiro
E vai entender o seu
jaqueirês?
Vai se confundir com o
nordestinês
Nessa confusão pode se
engasgar
Na hora da cura é capaz
de matar
Não vai entender caxumba
e querela
“Pobrema de estambo e da
espinhela”
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
O meu jaqueirês é uma
língua arretada
Até o estrangeiro aprende
depressa
Três dias de feira e ele
logo a professa
Ouvindo a língua matuta e
falada
Depois o doutor toma umas
lapadas
Da boa “temperada” do
Alfredo Colar
Depois do efeito se dana
a conversar
Miolo de pote e outras
coisas também
Com os matutos se assim o
convém
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
O seu idioma que é
universal
E tem os traços de uma
tradição
Careta e gesto em toda
expressão
Trazendo um brilho que é
sem igual
Quem não entender que é
natural
Se engasga na pinga na
porta do bar
Confunde caatinga e
“cheirim” de gambá
Caxumba, papeira e cabeça
de prego
Passando colírio para
quem é cego
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
No meu
idioma tudo é muito bacana
Meus irmãos
matutos e uma nova língua
No meio da
feira tomando uma pinga
Tendo como
tira-gosto madura banana
Matuto é
cabra sabido e muito legal
Em todo
lugar ele gosta de estar
Observando e
sempre aprendendo
Com sua
viola pra cima e pra baixo
Eu também
sou matuto por isso entendo
Nos dez de galope na beira do mar.
Nos dez de galope na beira do mar.
O matuto tem
tal compreensão
Que as
nuvens do céu sabe entender
Se amanhã é
de sol ou vai chover
Se é dia de
plantar milho ou feijão.
Ele sabe
governar uma nação
Mesmo com um
jeito estranho de falar
Há quem não
consiga com ele conversar
Mas é um
cabra tão inteligente
Que do
Brasil um já foi até Presidente
Nos dez de
galope na beira do mar.
Anatomia
de matuto jaqueirense é assim
Pau da
venta, zói, queixada e perna é canela
Beiço,
cangote, suvaco, viria e guela
Mas não
gosta das coisas cheias de pantim
Tem um
jeito bonito da gota de falar
É bucho,
chibata, cambito e pêia
Tripa
gaiteira, buchada e zurêia
O
bacamarte sempre tá pronto pra atirar
Mas não
mangue dele pois vai se arretar
Nos dez
de galope na beira do mar.
Eu hoje fiquei
malassombrado
Num
pesadelo eu vi a caapora
E acordei
depressa, sem demora
Pensei
ver o Saci bem ao meu lado
Eu acho
que tava vendo tudo errado
Rodrigues
era um gato maracajá
Vital
Corrêa imitava um sabiá
O Coronel
cantava uma embolada
E Joel
dava aquela gargalhada
Nos dez
de galope na beira do mar.
13 Ricardo Guerra 10 de outubro de 2013
Poetas preferem pois praticar poesia
Particularmente
pelo prazer permanente
Pensando poder
prosseguir previdente
Perfazendo
percurso pela porfia
Permita-me porém parar para pensar
Preciso poetar por
proficiência
Peço-lhe perdão
pela paciência
Palavras
prolíficas prefiro procurar
Pronto parei
profundamente para praticar
No dez de galope
na beira do mar.
Caro
amigo Ricardo que é Guerra
Mas
proclama a cultura de uma paz
No galope
você provou que é demais
Cantando as
belezas de sua terra
Cada verso
que você encerra
Tem uma
riqueza no seu linguajar
Por isso terminemos
com esse pelejar
E não
posso mais acompanhar você
Pois me faltam
palavras na letra pê
Nos dez
de galope na beira do mar.
Fim do galope.
Estou curtindo os galopes na beira do mar!
ResponderExcluirQueremos mais! rsrsrs
ExcluirAproveite a festa e entre também nessa brincadeira!
Você é bem-vindo, Diego.
Muito bom...
ResponderExcluirVocês são dois grandes mestres.
ExcluirMarta minerva muita magia
Manga madura, massa, maçã
Manha, maravilha, mangaba macia
Merece mais: mágica manhã.
Marta, meiga, maravilhosa.
ExcluirManhã mística "misteriada", misteriosa
Mulher muito majestosa
Mão manuscreve meticulosa.
Gostei muito! Ficou ótimo...
ExcluirSinto-me lisonjeada, porém estou acanhada!
Amplexos...
ResponderExcluirMeu Caro Professor, Poeta, e amigo Admmauro.
Seu blog, a cada dia que passa fica mais e mais interessante visto sua criatividade, seu amor às letras, sua procissão de amigos do mesmo quilate estrelar. Já estava acompanhando o desenvolvimento do poema "No galope a beira mar", que, juntamente com o professor Ricardo, estava sendo escrito. Tive esta oportunidade através do facebook em contato com esse grande jaqueirense.
Eu só tenho a congratular com a iniciativa de ambos porque tudo conspira para que a poesia seja conhecida, da maneira mais rica possível, inclusive a "divertida".
Só uma coisa me entristeceu: sua despedida de Xexéu que eu aprendi a amar depois de ter lido seu livro, que tão gentilmente me presenteou. Ora, o canto do pássaro xexéu, me despertou tamanha curiosidade que prometi a mim mesma visitar Xexéu antes de partir desta vida para a próxima: meu objetivo? Ouvir o canto do xexéu e parabenizá-lo pessoalmente por tanto amor dedicado à sua terra natal. Mas já que sua decisão está tomada, desejo-lhe toda sorte em Palmares onde, com toda certeza, muitos e grandes trabalhos o aguardam. Pelas fotos postadas, noto, com alegria, a satisfação com que as pessoas
estão por recepcioná-lo.
Pelos amigos que por aí fiz já sou um pouco xexeuense, palmarense e até Jaqueirense.
Sucesso, amigo! Sei que para vc isso é o seu cotidiano.
Abraços da Cida Vilas Boas
ExcluirMuito grato pela atenção.
Caso venha pra essas bandas, faremos uma caravana: eu, Wilson e Ricardo Guerra e iremos até Xexéu, onde se ouvirá o canto do pássaro.
Caro Poeta Maior Admmauro, foi um enorme prazer em poder compor estes versos "agalopados" juntamente com o nobre amigo, "finalmentando" nosso galope à beira bar, envio-lhe este verso do grande repentista Oliveira de Panelas, como reflexão pela beleza plástica, rítmica e poética de tal magnitude.
ResponderExcluirEi-lo:
O mundo se encontra bastante avançado,
A ciência alcança progresso sem soma.
Na grande pesquisa que é feito o genoma,
Todo corpo humano já foi mapeado.
No mapeamento foi tudo contado,
Oitenta mil genes se podem contar.
A ciência faz chover e molhar,
Faz clone de ovelha, faz cópia completa.
Duvido a ciência fazer um poeta
Cantando galope na beira do mar.
Amplexos,
Riccardo Guerra.
O CONVITE
ResponderExcluirO convite pra cantarmos o galope à beira mar
Continua de pé, em Xexéu, Maceió ou Jaqueira
Você é quem escolhe o melhor lugar
Seria bom a beira do Pirangy sombreado pela palmeira.
ResponderExcluirEu aceito o desafio, oxente, “ômi”
Escolha as armas, data e lugar
Encomende uma perua pra almoçar
Pois depois dessa luta tenho fome.
A perua jandaia já foi comprada
ResponderExcluirAs armas vão ser duas canetas
Na lenha de angico ela será guisada
Poetada com tinta azul ou preta.
Então, pra cumprir a ‘empeleitada”
ResponderExcluirConvidei Wilson pra me ajudar
Lutando em dupla posso até ganhar
Pois não é fácil vencer a jornada.