FICÇÃO E REALIDADE
O PALAVRÓRIO POÉTICO
Cida Vilas Boas |
Ousei entrar
na brincadeira do Poeta Riccardo Guerra e não tenho nem noção se vale a
pena ser publicado. Magnífico o texto do Prof. Calazans, uma verdadeira aula
sobre o tema que foi sugerido por ele mesmo. Parabenizo o poeta Guerra pelo "Poemeto" e faço minhas as palavras de Sylvia Beltrão. Ela soube comentar
com maestria a obra do poeta. Agora, eu me entusiasmei e quero entrar nesta
maravilhosa loucura de brincar com o "palavrório" nordestinês.
POEMEU
Cida Vilas Boas
Vou...
Nordestinar-me,
Pernambucar-me,
talvez
mudar-me.
Saramandaiar-me
ou
bolebolensiar-me,
explodir-me,
tornar-me
mulher
passarinheira, ou de lobisomice.
misturar-me
nas ficcionices
romantistas
e politiquistas,
e quem sabe,
Jaqueirar-me
em churrasquez
poetisenta
deste
chão de
artistas
com voz
nordestinês.
COMO QUERER ADMMAUREAR, RICCARDEAR E...
Por Sylvia Beltrão
Sylvia Beltrão |
O comentário dessa vez é para o professor
Riccardo Guerra:
Desde o primeiro momento que tive diante de meus
olhos “Poemeto”, fiquei encantada!
Ele é muito extremista, pequeno no tamanho, mas gigante na essência. Dizem que quem lê, viaja. Ao lê-lo, eu viajei algumas vezes para Jaqueira sem sair da frente de meu computador. Sempre que estudo o blog de Admmauro, eu paro para dar uma atenção especial ao “Poemeto”. Acabei por salvá-lo em meu computador.
Devo um esclarecimento quanto ao meu encantamento: é muito comum darmos um valor exagerado aos poetas mortos ou de “outros mundos” bem distantes da nossa realidade geográfica e acabamos por esquecer os nossos poetas. Eu sei que muito bom seria se tivéssemos a oportunidade de ter um Machado de Assis como professor da FAMASUL, me imagino enchendo o juízo dele com questões do tipo: “Me fale a verdade: Capitu traiu ou não Bentinho?”. Ele não me revelaria, pois isso acabaria com o encanto misterioso da sua obra, mas afirmo sem medo de errar que ele iria esquivar-se de uma maneira muito inteligente, deixando-me ainda mais curiosa e a curiosidade é incentivadora da leitura. E lá estaria eu provocada a mais uma vez ler “Dom Casmurro”.
Nem o tempo nem o espaço podem nos proporcionar conversas machadianas, mas temos na FAMASUL os nossos Machados, que são palpáveis e devem ser explorados. São poetas tão nossos, e muito vivos, por sinal! Somente um detalhe faltou em seu “Poemeto”: Riccarde-se! Por qual razão houve essa exclusão? Achei isso uma injustiça!
Se Caetano Veloso e/ou Djavan tivessem a oportunidade de contemplarem o seu poema, continuariam o jogo de verbalização que há entre eles e comentariam nesse blog:
“Como querer Admmaurear e Riccardear o que há de bom”. Há quem defenda que se conselho fosse bom não era dado e sim vendido, mas “Poemeto” é um conselho maravilhoso e eu até pagaria por ele. Sigo então este conselho poético e continuo poemando-me, Admmaureando-me e Riccardeando-me.
Parabéns, professor Riccardo Guerra! Acabaste de ganhar mais uma fiel leitora.
Um abraço de Sylvia Beltrão.
... e SYLVILIZAR, o que há de bom. (Admmauro Gommes)
Riccardo Guerra |
No meu entender, a única ficção que é
realidade e que a realidade quer ser um dia ficção é um poema. Ei-lo:
POEMETO
(Riccardo Guerra)
Poete-se,
Pernambuque-se,
Matassúle-se,
Admmaure-se,
Ascense-se,
Hermile-se,
E que Jaqueira
Eternize-se.
RESPOSTA
Jaqueiríssmo Riccardo:
Jaqueiríssmo Riccardo:
Jaqueirizando a linguagíria presentista, fico acabrunhado com os
indiferenciamentos de quem não comunga com a diversidade atualística e embroma
tudo como se fosse coisa do outro mundo a ficctice e a verdadeirice quando se
assunta a problemática da criacionice literatudística.
Cê tá certo! Jaqueirize-se cada vez mais. Saudações e um xexéu pra você!
Admmauro Gommes
E o comentário dessa vez é para o professor Riccardo Guerra:
ResponderExcluirDesde o primeiro momento que tive diante de meus olhos “Poemeto”, fiquei encantada!
Ele é muito extremista, pequeno no tamanho, mas gigante na essência. Dizem que quem lê, viaja. Ao lê-lo, eu viajei algumas vezes para Jaqueira sem sair da frente de meu computador. Sempre que estudo o blog de Admmauro, eu paro para dar uma atenção especial ao “Poemeto”. Acabei por salvá-lo em meu computador.
Devo um esclarecimento quanto ao meu encantamento: é muito comum darmos um valor exagerado aos poetas mortos ou de “outros mundos” bem distantes da nossa realidade geográfica e acabamos por esquecer os nossos poetas. Eu sei que muito bom seria se pudéssemos ter a oportunidade de termos um Machado de Assis como professor da FAMASUL, me imagino enchendo o juízo dele com questões do tipo: “Me fale a verdade: Capitu traiu ou não Bentinho?”. Ele não me revelaria, pois isso acabaria com o encanto misterioso da sua obra, mas afirmo sem medo de errar que ele iria esquivar-se de uma maneira muito inteligente, deixando-me ainda mais curiosa e a curiosidade é incentivadora da leitura. E lá estaria eu provocada a mais uma vez ler “Dom Casmurro”.
Nem o tempo nem o espaço podem nos proporcionar conversas Machadianas, mas temos na FAMASUL os nossos Machados, que são palpáveis e devem ser explorados. São poetas tão nossos, e muito vivos por sina! Somente um detalhe faltou em seu “Poemeto”: Riccarde-se! Por qual razão houve essa exclusão? Achei isso uma injustiça!
Se Caetano Veloso e/ou Djavan tivessem a oportunidade de contemplarem o seu poema, continuariam o jogo de verbalização que há entre eles e comentariam nesse blog:
“Como querer Admmaurear e Ricardear o que há de bom”.
Há quem defenda que se conselho fosse bom não era dado e sim vendido, mas “Poemeto” é um conselho maravilhoso e eu até pagaria por ele.
Sigo então este conselho poético e continuo poemando-me, Admmaureando-me e Riccardeando-me.
Parabéns, professor Riccardo Guerra!
Acabaste de ganhar mais uma fiel leitora.
Um abraço de Sylvia Beltrão.
Corrigindo:
ResponderExcluir"São poetas tão nossos e muito vivos por SINAL"