12 de setembro de 2012

PROFUNDAMENTE


TEORIA DA LITERATURA I

Justifique a presença de uma das funções da literatura (evasão, lúdica, sinfronismo, ânsia de imortalidade e compromisso) no poema abaixo de MANUEL BANDEIRA.


Manuel Bandeira
  PROFUNDAMENTE

      Publicado no livro Libertinagem (1930)

 

Quando ontem adormeci
Na noite de São João
Havia alegria e rumor
Estrondos de bombas luzes de Bengala
Vozes, cantigas e risos
Ao pé das fogueiras acesas.

No meio da noite despertei
Não ouvi mais vozes nem risos
Apenas balões
Passavam, errantes

Silenciosamente
Apenas de vez em quando
O ruído de um bonde
Cortava o silêncio
Como um túnel.
Onde estavam os que há pouco
Dançavam
Cantavam
E riam
Ao pé das fogueiras acesas?

— Estavam todos dormindo
Estavam todos deitados
Dormindo
Profundamente.

 

*

 

Quando eu tinha seis anos
Não pude ver o fim da festa de São João
Porque adormeci

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo
Minha avó
Meu avô
Totônio Rodrigues
Tomásia
Rosa
Onde estão todos eles?

— Estão todos dormindo
Estão todos deitados
Dormindo
Profundamente.

    

BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética.  

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. pág. 81.

 

22 comentários:

  1. Isabela Cristina e Jane Kelly15 de setembro de 2012 às 23:05

    Voltar às lembranças do bom e velho São João, que traz à memoria do autor ele evadiu.
    Seguindo o autor Manuel Bandeira quando ele diz:
    “Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de São João
    Porque adormeci”
    Hoje ele quer viver o que com seis anos não pôde apreciar já que o sono foi mais forte do que ele, a vontade era imensa de querer voltar ao tempo, fugir da realidade, viver o passado, onde seus avós e amigos, não estão entre ele, para juntos desfrutarem, as alegrias, as cantigas, e risos ao pé da fogueira.
    Assim sendo, as velhas lembranças sempre tomarão conta do nosso presente, quando queremos fugir dele.




    Alunas do 1° período de letras
    Isabela Cristina
    Jane Kelly

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  2. Andréa Daniele e Jéssica Karina16 de setembro de 2012 às 13:16

    Evasão é uma das funções da literatura, onde o autor mostra-nos através de seus textos a fuga.
    Nos versos:
    Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de São João
    Porque adormeci
    Mostra-nos um exemplo da função evasiva contida em seu contexto, referindo-se, no entanto, as lembranças revividas pelo autor, onde o São João parecia ser mais contagiante por ter ao seu lado seus avós e alguns amigos, os quais já faleceram, tornando assim sua noite menos animada.
    Desse modo, o autor se aprofundou num momento em que marcou sua vida, tentando assim fugir de uma tristeza ocasionada pela perda, que transformava o São João em uma noite desanimada.


    Alunas do 1º período de letras
    Andréa Daniele
    Jéssica karina

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  3. Renata Patrícia e Rosane Santos16 de setembro de 2012 às 16:20

    Com o poema “profundamente” Manoel Bandeira utiliza a evasão, no seguinte trecho:
    Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de são João
    Porque adormeci”.
    O poeta transmite nesse verso uma fuga do tempo, onde ele fala do passado com um sentimento de tristeza quando lembra que dormiu e não viu o fim da festa.
    Função esta muito usada pelos poetas que escrevem para fugir da realidade em que vivem, buscando em tempos passados algo que poderia ter presenciado e não viveu, e com essa definição se torna evasivo.


    Alunas do 1º período de letras
    Renata Patrícia Silva Alves
    Rosane Edivane dos Santos

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  4. Alunas 1 período letras; Elisangela Maria
    Célia Maria
    Evasão é o momento em que o poeta almeja o passado ou futuro, querendo fugir do atual momento. O poeta Manuel Bandeira, retrata de maneira clara, essa função tão importante na literatura, no poema’’ profundamente ‘’. ‘’Quando ontem adormeci na noite de São João, havia alegria e rumor... Vozes, cantigas e risos... Hoje já não ouço mais as vozes daquele tempo. ‘’O autor está retratando um momento evasivo, quando se lembra dos momentos , de antigas reuniões em família, que já não acontece como antes... Os risos e alegrias, e a casa que antes era cheia hoje está vazia, e em silêncio. Portanto a evasão surgi ,quando a vida atual está conturbada e tristonha, trazendo a nossa mente lembranças de bons momentos vividos. Essas lembranças serve como fuga, lembranças que realmente tornam se significativas para nós . Seja no passado ou futuro... Seja uma lembrança ou esperança, que tenha como objetivo, amenizar o sofrimento atual.

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  5. Geicyelly Ellany e Paloma Sena17 de setembro de 2012 às 15:19

    Evasão é a fuga. Fugir do presente para um outro tempo. Seja essa fuga para o passado ou futuro. Quando a fuga é para o passado significa lembrar dos momentos bons ou ruins que já se foram, mas que na memória ainda não saíram. Quando fugimos para o futuro é criarmos expectativas, planos.
    No texto acima, na quinta estrofe, no primeiro verso há um exemplo de evasão: “Quando eu tinha seis anos”. É quando ele fica lembrando de um fato passado em sua vida, que não volta mais, e só lhe restaram as lembranças.
    Entende-se que evasão é quando queremos fugir da realidade, ou seja, lembrar de algo que já passou, ou as vezes sonharmos com algo que gostaríamos que acontecesse. Isso é uma fuga para alimentar a dor do momento que estamos passando.

    Alunas do 1º Período de Letras
    Geicyelly Ellany da Silva
    Paloma Sena da Silva

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  6. Betânia e Jéssica Celmar do 1 período de letras.17 de setembro de 2012 às 16:38

    No poema "Profundamente" de Manuel Bandeira podemos perceber a presença de uma frequente função literária, a evasão.Como veremos nos versos a seguir que servirão como exemplos.
    Quando ontem adormeci
    Na noite de São João
    Havia alegria e rumor
    Estrondos de bombas luzes de bengalas
    Vozes, cantigas e risos
    Ao pé das fogueiras acesas.
    Neste momento,o autor sente a necessidade de se transportar ao passado.Para tentar trazer de volta momentos bons,assim substituindo seu presente,através de uma fuga da realidade.
    É muito comum encontrarmos poemas que apresentem esse tipo de função literária.Pois esse é um método bastante utilizado por poetas insatisfeitos com o momento atual, que buscam a satisfação em seus poemas evasivos.

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  7. Ao ler o poema “Profundamente”, logo é perceptível a evasão, em alguns de seus versos. Sabendo que uma das características do poema apresenta a função literária: evasão, estando ele vinculado ao tempo e ao espaço, pois a fuga da realidade é o que caracteriza esse poema de Bandeira.
    No verso 28: “Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo”; o autor evadiu-se a um tempo que outrora o tornava feliz, o mesmo encontra-se imerso em suas recordações e transporta-se para dentro de si.
    Por isso, convém afirmar que nesses versos puramente poéticos do eminente poeta pernambucano, Manuel Bandeira há sim, uma evasão, sendo notável um poder de conduzir o leitor a um cronus imaginável e real.

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    1. OBS: este conceito foi elaborado pelas alunas:
      Marta Roberta Ramos da Silva
      Deyseanne Roque de Oliveira
      1º perído de Letras.

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  8. O autor fala de uma fuga do presente para o tempo que era criança lembrando dos avos e outros parentes com uma tristeza saudosa, daquela festa de são joão onde tudo parecia mais feliz do que o presente que ele esta vivendo. Humberto Lucas
    1 periodo de Letras

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  9. Escrever nem sempre é uma tarefa fácil, e ler é ainda mais difícil, por existir dentro de texto e poemas, funções da literatura, sendo uma delas a evasão, função essa que é uma fuga da realidade tanto do espaço, quanto do tempo.
    Podemos destacar dentro do poema Profundamente de Manoel Bandeira, com clareza quando ele diz: “Quando eu tinha seis anos”; Neste verso o autor faz menção a sua infância, sendo assim volta ao passado. Manoel Bandeira ressalta o passado dizendo, “Quando ontem adormeci” mais uma vez ele lembra algo que passou. Podendo a evasão também ser usada para desejar um futuro melhor.
    Enfim, evasão é uma forma de fugir ao passado, ao transporta-se ao futuro.


    Alunas do 1º Período de Letras
    Leandra Daniele da Silva
    Marisa Toledo Piza da Silva

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  10. No poema,"Profundamente", de Manoel Bandeira pode-se destacar uma das funções da literatura,a "Evasão", que se define como uma fuga da realidade para o passado ou presente em tempo e espaço.
    O poeta no verso 25,26 e 27 diz-"Quando eu tinha seis anos.Não pude ver o fim da festa de São joão; Porque adormeci".O autor lembra de um passado lamentando-se de algo que não foi aproveitado.
    Enfim,logo percebe-se a "Evasão", pois o poeta se transporta para o tempo e criança que não poderá ser presenciado, se espressando sensivelmente de forma que se identifica com a realidade.


    Alunas do 1º Período de Letras
    Paloma Priscila B. S. Lima
    Aline Carneiro da Silva

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  11. ATENÇÃO!

    OS COMENTÁRIOS SERÃO ACEITOS
    SE RECEBIDOS ATÉ ÀS 3 DA TARDE DE 19.9.12.

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  12. Maria Eduarda Anjos & Valquíria Tavares18 de setembro de 2012 às 18:19

    Na literatura, a evasão se faz presente entre as funções literárias. Nota-se a evasão no texto quando existe fuga da realidade; o autor normalmente usa o verbo no passado ou futuro.
    No poema Profundamente escrito por Manuel Bandeira, há um trecho que diz: “Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de São João
    Porque adormeci”
    No texto ocorre evasão, pois, o autor foge de sua realidade, transportando-se para o passado, recordando com saudade, a alegria que existia na noite de São João, e que adormecia e não via o fim da festa chegar. Portanto, a literatura com arte da palavra permite-nos voltarmos no tempo, através da função literária, evasão.
    1º período Letras Maria Eduarda Anjos & Valquíria Tavares

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  13. O autor Manuel Bandeira quando escreveu o poema profundamente, ele buscou no seu consciente momentos que ficaram marcados, que foram vivenciados no seu passado.
    Quando ele cita em seu poema esses versos:
    “Quando eu tinha seis anos
    Não pude ver o fim da festa de São João
    Porque adormeci”
    A evasão aparece nesses versos (citados acima) de tal forma que o tempo passou sem que o menino sentisse ou percebesse.
    Ele tenta fugir da realidade de não está com pessoas com quem ele conviveu momentos marcantes e especiais da sua vida que o tempo não apagou da memória e faz com que ele fuja do presente voltando a sua infância, lembrando assim de momentos importantes.
    Alunos: Eliane Maria de Eloi
    Fabio Henrique Silva Santiago
    1º período de letras

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  14. giliarde júnior da silva19 de setembro de 2012 às 07:42

    evasão é a arte da compensação,é fuga,é viver subjetivamente no mundo ireal,o poema "profundamente"de manoel bandeira onde o autor faz uma referência clara quando diz:quando eu tinha seis anosnao pude ver o fim da festa de são joão por que adormeci.o autor ultiliza-se da literatura como forma de evasão,pois,ele adormeceu e evadiu-se de sua realidade nao sabendo o que acontecera com as pessoas,que ali cantavam,dançavam e riam. aluno:giliarde júnior da silva 1º período de letras glauco fernando santana filho

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  15. Este comentário foi removido pelo autor.

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  16. Podemos destacar no texto de Manuel Bandeira uma das funções da literatura, bem como a Evasão. Essa função trata-se: da perda, fuga, tempo e do passado.
    Ao observarmos na sexta estrofe é fácil perceber que o autor usar o sentido figurado ao fala do seu passado, que se ouviam vozes, dos seus avós e dos seus amigos, ele diz: “onde estão todos eles”? ... “estão todos dormindo, dormindo profundamente”. Ou seja, estão todos mortos.
    Entretanto, Manuel Bandeira sente saudades de sua infância, de quando tinha seis anos que dormia cedo, e não podia ver o fim da festa junina. E hoje também não há vê mais porque todos aqueles já não existem, estão mortos, dormindo profundamente. O que resta agora é a saudade.

    José Cicero da Silva 1 periodo

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  17. No texto profundamente de Manuel Bandeira, podemos perceber uma das funções literárias, o sincrõnico. Sincrônico é entender o texto, suas afinidades, mesmo em épocas destintas compreendemos até hoje.
    Quando o autor lembra de quando tinha seis anos e não pode ver o fim da festa de são joão porque adormeçeu e que hoje não houve mais as vozes daquele tempo, podemos compreender o quanto ele gostaria de ver uma festa de são joão como na quele tempo com estrondos de bombos, luzes de bengalas, vozes, cantigas e risos ao pé das fogueiras acesas.


    1º período de letras
    Alunas:Ana Cátia De Lima Gomes
    Priscylla Regina Lima Da Silva

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  18. Evasão envolve toda lembrança do tempo que não volta. Estes estão ligados a reviver momentos marcantes, bons, que infelizmente no presente, são apenas lembranças.
    No poema de Manoel Bandeira profundamente, o autor descreve com enorme privação que não escuta mais as vozes de seus familiares, e auto se pergunta: “ onde estão todos eles? E logo chega a conclusão: que estão deitados e dormindo profundamente.”
    Pois, Manoel no seu presente vive insatisfeito e infeliz, por causa da perda dos seus familiares, portanto queria que o tempo voltasse para ser feliz novamente.

    Alunos: Djane Maria da Silva
    Fernando Calaça de Lima

    Primeiro Período de Letras

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  19. Sobre Evasão no poema "Profundamente" de Bandeira

    A evasão é fuga para o passado ou futuro. Podemos observar, por exemplo, quando o poeta fala no verso “quando eu tinha 6 anos”. Antes porém, é necessário fazer uma observação de que as características que fundamentam a evasão aparecem desde os primeiros versos da primeira estrofe em que o poeta Manoel Bandeira diz “quando ontem adormeci”, as expressões “ontem” e “adormecer“ possuem profundas ligações com o chamado escape, uma vez que o advérbio “ontem” é indicativo de tempo, e tempo passado e o verbo adormecer faz referência a uma ação que também acontece no passado. O poeta citado leva o leitor a um desejo de voltar ao passado das comemorações das festividades juninas e reviver as alegrias deste festejo. Através dessa volta ao passado podemos ver claramente as características da evasão.


    I Período de Letras - Teoria da Literatura
    Missilene Fernandes da Silva
    Humberto Lucas do Nascimento

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  20. Comentários encerrados.
    Agradecemos a todos.

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