8 de agosto de 2013

O QUE É POESIA?



O QUE PENSAS E SENTES, ISSO AINDA NÃO É POESIA
Admmauro Gommes

ANTES que alguém pense que estou inventando moda, confesso que a frase que intitula este comentário, não é minha. É de Carlos Drummond de Andrade, retirada de um poema (Procura da Poesia), publicado em 1945. Depois que o escritor mineiro adverte sobre as armadilhas que envolvem a criação poética, indicando que não se deve fazer versos sobre acontecimentos, definitivamente, aponta o caminho: “Penetra surdamente no reino das palavras.” De outro modo, é o mesmo que disse Manoel de Barros: “a radiância de um verso (...) vem das radiâncias letrais.” Ou seja, do confronto da palavra pela palavra com a palavra. Assim, “o que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.”
Deste modo, não há garantia em escrever um poema e que ele obrigatoriamente tenha poesia. Para Octávio Paz, poeta e crítico mexicano “nem todo poema - ou, para sermos exatos, nem toda obra construída sob as leis da métrica - contém poesia.” E fuzila Paz: “Há máquinas de rimar, mas não de poetizar (O arco e a lira). Daí, surge a diferença entre quem tem sentimento e “coloca” as ideias no papel e um artista que, valendo-se da linguagem figurada, cria situações inusitadas com uma carga poética explícita, para trazermos à luz o pensamento de Ezra Pound, que “grande literatura é a palavra carregada de significados até o último grau possível.” Mais do que isso, só em Vital Corrêa de Araújo.
A poesia, para Vital, insurge das “radiâncias letrais” e da loucura das palavras. Enigmática por natureza, ela tem em sua essência o que somente se adentra pelos sentidos, em uma completa sinestesia. As imagens inventadas asseguram ao criador a autenticidade de poetar. É o que se vê nos versos vitalinos: “Clemente elemento/pássaro consome/ água ilude/do mamilo da nuvem/seios pesados/latejam com relâmpagos (do livro Borges e Eugénio, p. 82). As radiâncias inusitadas podem ser conferidas pelo título deste poema “Elemento tempo,” apenas nas expressões pássaro/nuvem/relâmpagos como coisas que passam, breve referência temporal e nada mais. Sugerir é mais importante ao poeta que tudo dizer. Quem tudo explica, finda a tarefa e o artista não pretende encerrar nenhum tema, mas antes provocar uma eterna discussão acerca da arte e do enigma. Portanto, para não nos afastarmos muito de Drummond, quando reconhece que “Cada (palavra) tem mil faces secretas sob a face neutra” não vamos tentar compreender as mil faces de uma palavra. Aliás, para um bom entendedor... Ora, isso não se aplica à poesia.
Poesia é pantera indomável, fluxo e refluxo do ser. Algo intangível que somente pela percepção se destaca. Jamais poesia será presa em uma gaiola, como um pássaro aprisionado dentro de um soneto.


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12 comentários:

  1. É verdade, meu caro poeta. Drummond disse que o que realmente pensamos ou sentimos ainda não é poesia. Mas, nos volumes I e II de Boitempo, ele reúne poemas “publicados anteriormente nos livros Boitempo, Menino antigo e Esquecer para lembrar. O autor preferiu essa reunião, uma vez que os poemas tratam da mesma sequência de tempo, existindo nos três livros uma única temática: sua infância e adolescência, emolduradas pela tradição de tempo e de lugar”. Humberto Werneck, para a revista ISTOÉ, perguntou-lhe: “A seu ver, quais são as questões fundamentais em sua obra? O que o senhor quis dizer de mais importante?” Respondeu: “Não sei. Tenho certa dificuldade de recuar, de sair de mim mesmo e me observar como pessoa. É uma coisa que não está em mim, não tenho capacidade para isso. Eu produzo emoção, quero comover, mas na realidade não sei fazer poesia pensada, cerebral”. Não há aqui um paradoxo?

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    1. Certamente, Roberto. O que pensamos ou ajuizamos sobre a vida e nós mesmos representa uma condição de momento. O que eu penso agora, difere de ontem e a maturidade completa é tarefa inalcançável. Entendo que a lição de Drummond se baseia muito no “convive com teus poemas antes de escrevê-los...” e o que sentimos deve ajustar-se à forma para ser poema ou, no emprego dúbio do poeta, poesia. Isso fará com que avaliemos a nossa produção e intenção. Ademais, poesia é nuvem que se transfigura a cada momento. No instante em que o poeta produziu Procura da poesia, realmente ele pensava aquilo que escreveu. Como o artista é um ser do momento, acredito também que há um ‘fingimento deveras’ no poema drummondiano ao avaliar os caminhos da criação poética. Mas poesia é assim mesmo: quanto mais paradoxa, mais enigmática, como contraditória é a própria natureza humana.

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  2. Douglas Rocha 5º período

    A Poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético.

    A poesia moderna, modernista, é uma poesia produzida por autores que buscavam ruptura de paradigmas de rimas e de métrica, amplamente utilizados anteriormente. Para estudiosos conservadores, como Napoleão Mendes de Almeida, a poesia moderna não pode/deve ser considerada como poesia.

    No título do texto acima "O QUE PENSAS E SENTES, ISSO AINDA NÃO É POESIA" nos mostra que temos que viver realmente os nossos sentimentos antes de colocá-los em versos e dizer que é poesia, pois pode ser apenas um momento!

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  3. POESIA é sentimento,
    o restante é momentto
    (Riccardo Guerra)

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  4. Apesar de respeitar e admirar o Poeta Maior, Drummond, não concordo com o mesmo quando ele afirma: ..."que não se deve fazer versos sobre acontecimentos", Seguindo-se "In verbis" o enunciado tornar-se-ia impossível se fazer versos "historiografando-se", por exemplo uma cidade, um país etc. Vejamos pois um exemplo:

    PERNAMBUCO ARRETADO - (Riccardo Guerra)

    Eita meu Pernambuco arretado,
    desde o teu nascedouro de glória,
    passando por tanta história,
    uno, sempre lembrado.

    Tua bandeira da Confederação
    diziam as palavras: “Independência,
    Religião, Liberdade e União”.
    Sangue dos mártires jorrados;
    vividas, praticadas com emoção.

    Vibrantes, valentes, vigorosos.
    Leão vigilante do Norte.
    Invasores expulsos.
    Somos Vitoriosos
    a custa de tantos sacrifícios e mortes.

    Litoral de tantos coqueiros!
    Zona da Mata de tanto mel!
    Agreste de leite abundante!
    Sertão dos cabras valentes!
    Orgulho de nossa gente!
    De sol abrasante e cruel!

    Mascates, Olinda Mãe da República.
    Separatistas, Confederados do Equador.
    Typhis Pernambucano, Caneca seu idealizador.
    Cinco Pontas, fuzilado onde ele tombou.

    Abrilada, setembrizada, novembrizada.
    Revoltas revoltosas de um povo revoltado,
    resoluto, audaz, corajoso, memória lembrada,
    decidido, afoito, altivo, jamais derrotado.

    Bravos guerreiros, esperança nos ares.
    Cabanos, guerrilhas à quantas bandas:
    Riacho do Mato Frio, Jaqueira, Água Preta, Palmares,
    Santo Antão, Lagoa dos Gatos, Panela dos Mirandas.

    Nova Roma dos bravos: Duartes,
    Capibas, Nélsons, Claudionores, Levinos,
    Dudas, Nunes, Menezes e Quintinos...
    Nomes maiores de todas as artes.

    Frevo, frevante, frevando, freviolado,
    cantante, dançante, tocado,
    brincante, pujante, brindado.
    Ritmo maior da terra, entoado.

    No passado teu nome era um mito.
    No presente também és o grito
    Que acorda toda uma região.
    Pernambuco de bravos guerreiros,
    quiçá mais na frente uma grande Nação.
    (Publicado no Livro: CINCO POETAS E UM LUAR) ed. Burarema : Jaqueira-PE 2009.

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    1. Acredito que a sugestão drummondiana de que não se deve fazer versos sobre acontecimentos, caríssimo Riccardo Guerra, é no sentido de que já se tem um “mote”, um tema a seguir e a grande arte surge a partir do máximo de criação, de invenção. Quanto mais inventada, melhor. Por outro lado, o que se deve ou não entrar em um poema, apenas o autor de um texto é que sabe. Ele mesmo já escreveu sobre sua Itabira (MG) e sua merencória infância. Em contraponto, poesia não pode se restringir a apenas sentimentos. Isso é insuficiente para se produzir arte poética. Eu diria que não se faz poesia sem sentimento mas sentimento não pode ser sinônimo de poesia. Assim, todos seriam poetas porque todos sentem alguma coisa. Nem todo pernambucano, mesmo que seja arretado, se não conhecer a técnica de produção literária, jamais produzirá um poema como esse seu, onde se encontram arte e poesia (e sentimento, é claro).

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  5. O POETA E A POESIA

    O que realmente caracteriza a poesia é o fingimento. Observemos, por exemplo, a primeira estrofe do poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa: “O poeta é um fingidor./ Finge tão completamente/ que chega a fingir que é dor/ a dor que deveras sente.”

    Esses dois últimos versos revelam claramente que o poeta não anula a existência de uma dor real, mas a dor fingida, a dor que figura no poema, assume uma característica própria e atua com mais intensidade que a dor real.

    Se perguntássemos a Carlos Drummond de Andrade acerca da essência e da origem da poesia, ele certamente nos advertiria para não a procurarmos nos acontecimentos nem nos incidentes pessoais, bem como não no gozo nem na dor realmente sentidos. Quer dizer, para Drummond, o que realmente pensamos ou sentimos ainda não é poesia.

    Logo, conceituar poesia ou opinar a respeito de suas questões fundamentais ou mais importantes não são uma tarefa fácil. Até mesmo Manuel Bandeira afirma, em seu livro “Seleta”, ter embatucado quanto a formular tal conceito.

    “No aperto (diz ele) me socorri de Shiller, em quem o crítico era tão grande quanto o poeta.” E continua: “Mas ao mesmo tempo compreendi, ainda antes de conhecer a lição de Mallarmé, que a poesia está nas palavras, faz-se com palavras e não com ideias e sentimentos embora seja pela força do sentimento ou pela tensão do espírito que acodem ao poeta as combinações de palavras onde há carga de poesia.”

    E, finalmente, recorrendo a Nelson Hoffmann, podemos salientar o seguinte: “Muitos acham que amontoar algumas palavras, sem qualquer ordem, é fazer poesia. Não sabem o quanto é difícil a tal poesia. Para tocá-la é preciso, primeiro, conhecer seus velhos segredos. E, entre nós, uma vida inteira não basta. Uma vida aproxima da poesia, pode chegar tocá-la, não chega a possuí-la. Mas tocar a poesia é beijar a eternidade.”

    (Excerto de “O poeta e a poesia”. In: QUEIROZ, Roberto de. “O enigma do olhar”, Livro Rápido, 2012)

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  6. A poesia vivida por grandes autores segue os parâmetros da literatura, onde fazem passo a passo sua métrica, sua rima, entre outras ferramentas, porém o poeta Vital nos mostrou um novo conceito de poesia. De acordo com Vital “A Poesia é a essência do ser”, ou seja, para ele o homem que não sabe poesia, não é completo, ainda lhe falta algo.

    Dentro de várias indagações sobre poesia, Vital ressaltou que “É melhor se expressar do que se comunicar”, dentro deste argumento, podemos perceber que a expressão colocada nos textos poéticos é mais importante do que a sua compreensão, e ainda pensando no argumento anterior do autor surgiu uma nova questão em nossas mentes, como podemos nos expressar sem sermos compreendidos? Onde foi rapidamente respondida pelo mesmo.

    Vital argumentou que a expressão através de palavras não pode ser clara, pois assim perde a graça porque o leitor descobre rápido o segredo guardado dentro do texto e para este argumentação, o poeta fez uma comparação entre a poesia e o casamento, na qual foi dita “Se o casal descobre todos os gostos ou segredos do outro, o casamento perde a magia, assim é a poesia”. Suas palavras são sempre voltadas à poesia, mas também a acontecimentos diários.

    O poeta também falou sobre a importância do livro de poesia no qual ressaltou “Um livro de poesia só serve para fazer peso em papeis na mesa da reunião”. Com base neste argumento Vital nos fez ficarmos surpresos ao dizer que escrevia porque iria morrer, nos mostrando implicitamente a vontade de imortalidade.

    Enfim falar de poesia com Vital Correia é viajar em palavras confusas e enigmáticas, é transformar o certo em incerto, é simplesmente imaginar sem descobrir a realidade, é viver um mundo poético de mistérios, pois se descoberto seus segredos o derrota.

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  7. Acredito piamente que o princípio da compreensão da poesia como elemento enigmático e indecifrável surge com Rimbaud. Quando Otávio Paz surge com a escrita automática, em verdade, nada mais está fazendo do que simplesmente reproduzindo o método Rimbaldiano de verbo/ideia. Quando os simbolistas brasileiros determinam a sugestão, em verdade, estão apenas fazendo o que Rimbaud já havia feito. Com certeza, Rimbaud é o maior poeta do mundo, simplesmente por que foi a matriz de onde surgiu o dadaísmo, o simbolismo, o modernismo, o hermetismo poético, a escrita automática, o pós-modernismo e por que não dizer o neoposmodernismo. Rimbaud é o pai da modernidade, já dizia meu estimado amigo e ilustre professor de teoria literária Lucilo Varejão neto. Por isso digo ser apenas uma reconstextualização o que fazem poetas contemporâneos como Vital Corrêa, Rogério Generoso, em verdade não há novidade nisso, mas estes devem ser louvados uma vez que, assim como muitos poetas da atualidade, tentam não imitar, mas seguir o caminho tracejado pelo poeta Maior: Arthur Rimbaud.

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    1. RESPOSTA A CÍCERO FELIPE SOBRE
      A RELAÇÃO ENTRE VITAL E RIMBAUD

      Vamos pontuar as questões.

      Rimbaud está no século XIX. Antes dele, muita coisa aconteceu na arte poética. Sem mais detalhes, vamos encontrar Dante Alighieri (1265 -1321) no século XIII. Portanto, 500 anos antes de Rimbaud, produzindo metáforas como as seguintes, em “A divina Comédia:”

      Assim falava; a lúrida campanha
      Tremeu e foi tão forte o movimento,
      Que do medo o suor ainda me banha.

      Da terra lacrimosa rompeu vento,
      Que um clarão respirou avermelhado;
      Tolhido então de todo o sentimento,

      Os versos em destaque parecem-me ter o “elemento enigmático e indecifrável” da poesia. Voltando mais no tempo, cerca de mil anos antes de Cristo, 2.700 anos anteriores a Rimbaud, achamos os versos do Rei Salomão, que nasceu em 974 a.C. ( Cânticos 1:13-17):

      O meu amado é para mim
      como um ramalhete de mirra
      posto entre os meus seios.

      Como um ramalhete de hena
      nas vinhas de En-Gedi
      é para mim o meu amado.

      Eis que és formosa, ó meu amor.
      Eis que és formosa
      os teus olhos são como os das pombas.

      Eis que és formoso, ó amado meu,
      e também amável; o nosso leito é verde.

      As traves da nossa casa são de cedro
      as nossas varandas de cipreste.


      Estes versos, na verdade, não são tão enigmáticos, mas todos os poetas, depois desse autor, com certeza, são seus adaptadores/seguidores/modificadores. Por isso, entendo ser precipitado atribuir o título de maior poeta a alguém. Cada um em seu tempo. Melhorar a poética depois de quase três milênios por onde passaram os rastros se Salomão (só para citar um dos grandes mestres), não deve ser (ainda) o maior. Situemos Arthur Rimbaud dentre os grandes ícones da literatura mundial, por incondicional mérito, mas ser maior, pode parecer uma visão mais limitada.
      Voltando a Vital, não o vejo como mero seguidor de Rimbaud. Este era inteligível, mesmo utilizando suas metáforas extremamente imagéticas. Vital é totalmente incompreensível e ininteligível. Com todo respeito ao ilustre poeta francês, autor da “Canção da Torre Mais Alta”, onde diz:

      Mocidade presa
      A tudo oprimida
      Por delicadeza
      Eu perdi a vida.
      Ah! Que o tempo venha
      Em que a alma se empenha.

      Há uma compreensão muito clara sobre a mensagem deste poema, enquanto que em Vital (Borges e Eugênio. 2012: 61),

      As usuras do delírio
      os poetas das debêntures
      acumulam com as sílabas
      do desatino e da injúria.

      Lilases escoiceiam
      cães líricos como pétalas
      e cadelas bursáteis
      com seus ágios injustos.

      Catracas do espírito
      monumentos do escuro
      poetas oferecem
      aos gatos dos subúrbios.

      não dá para entender nada com nada nos versos lidos. Portanto, não estamos fazendo um juízo de valor entre Vital e Rimbaud, mas os apresentando como poetas diferentes. Se o último bebeu da fonte do primeiro, não tem problema, como disse Salomão, “O que foi, isso é o que há de ser/ e o que se fez, isso se fará/de modo que nada há de novo debaixo do sol.”
      Para finalizar, custa reconhecer que entre nós tem um poeta inovador? Diferente, estranho, ilegível, incomensurável? Todavia, Vital é tributário de todos os poetas passados, embora se apresente diferente de todos, inclusive de Rimbaud.

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  8. Uma vez pontuadas as questões, presumo uma discussão mais enfática:

    Todas as observações incididas são, de fato, imperiosas,
    mas, Rimbaud não era, de todo, inteligível, as iluminações são um claro exemplo disso. Seus poemas iniciais, contudo, poderão servir ao entendimento, como os que este fez em sua adolescência. Mas apropriando-se dos preceitos do simbolismo ele realmente inovou e fez surgir um púbere horizonte poético ainda pouco prescrutado. Todos os poetas modernos seguem o esquema de verbo/ideia tracejado por Rimbaud, ou seja, Rimbaud indicou o caminho, mas os modernos estão caminhando. O poema de Vital por ti citado é um bom exemplo disso: é o poder de verbalização que está em jogo, mesmo que esta verbalização determinem um nada com nada e que não produza significação. Rimbaud não foi ao extremo de sua teoria, ou sua visão poética, mas abriu as portas para que outros fizessem.

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    1. Com certeza! A contribuição simbolista (e de Rimbaud) foi de grande valia para a poética contemporânea.

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