31 de outubro de 2013

POESIA E FILOSOFIA NA FAMASUL






        Mais um encontro aconteceu na Sala de reuniões da Rádio Cultura dos Palmares, às 20h30, de 13.6.13, tratando de poesia e filosofia, sob o comando de Admmauro Gommes, Coronel Reginaldo, José Rodrigues, Vital Corrêa e Douglas Marques. 
Os universitários da FAMASUL receberam do poeta Vital o nº 3 da Revista de Arte Literária Papel Jornal, um exemplar de seus livros e cópias de textos escritos recentemente. 
O momento marcou o final do semestre extrapedagógico, abrindo perspectivas para se discutir o conhecimento além do espaço da sala de aula. 
No próximo evento, trataremos do livro “Sabedoria ou mediocridade? - Diálogos no Reino Encantado das Águias,” de Reginaldo José de Oliveira, a ser lançado no segundo semestre.





José Rodrigues: O mundo virtual criou um novo habitat para os indivíduos, caracterizado pela falta de contato pessoal. Isso faz com que o tipo de sociedade do conhecimento e da comunicação que temos desenvolvido nas últimas décadas ameace a essência do ser humano que se caracteriza pela existência das relações. Vivemos em um mundo de abundância material. No entanto, essa abundância não consegue ocultar as imensas carências imateriais: estéticas, sociais, filosóficas, espirituais e religiosas. 

Admmauro Gommes: As mudanças são perceptíveis, mas a sociedade mudou tanto nos últimos tempos que as alterações no comportamento humano causam espanto e perplexidade, aumentando a distância entre grupos sociais muito próximos temporalmente, mas distanciados por uma maneira de pensar tão estranha que não consentimos ser contemporâneos de nosso próprio tempo.




29 de outubro de 2013

FAZER POESIA

PARTICIPE DESTE DEBATE

“O atraso na linguagem causa regressão no pensamento.” – Vital Corrêa de Araújo

“Fazer poesia sem nada mais que a ideia de poesia é o propósito (único) da poesia não impura. Constitui o desiderato deste (e de alguns outros poucos) poeta hoje. Não sei amanhã, mas o era ontem.”- VCA 
Vital Corrêa de Araújo e Admmauro Gommes
O que você acha sobre a inovação poética, os neologismos, na recusa ao tradicional, quando se busca novas formas de invenção na literatura? 

Deixe aqui sua opinião. Comente!

28 de outubro de 2013

FICÇÃO E REALIDADE NA HIPERMODERNIDADE


Marcondes Calazans
Professor de História e historiador/FAMASUL 

Marcondes Calazans
Dentro desta manhã, um sábado (24 de agosto), dia curto que nos divide entre o domingo e a segunda feira, dia que nos joga mais uma vez a mesma rotina, nós enquanto trabalhadores da educação que gostaríamos que o fato se resumisse em mera ficção fosse apenas algo que alguém escreveu (literatura), e eu, sem pressa e preocupação com o tempo e as responsabilidades do dia-a-dia, despojado numa rede amarrada de um pé de coqueiro a outro, diante de um oceano esplêndido sem o senso do ter que fazer a mesma coisa após os dois pseudos dias de descanso, só contemplar o tempo passar...
Mas não! Não! Hoje é sábado, amanhã é domingo e depois a famigerada segunda-feira, dia em que tudo começará de novo. Diferente do nosso amigo Rodrigues, que vive buscando a cada dia novas rotinas no canto que escolheu viver despojado por entre as árvores e o cantarolar dos pássaros, os mais diversos, cujo desafio ele busca preservar com profundo primor e devoção, levando-me a acreditar a cada momento que, dos seres humanos que conheço é o único sano, em se tratando de existência plena.
Mas vamos ao tema. Primeiro conceituando o termo ficção, que segundo o nobre amigo Ricardo Guerra é mera criação da imaginação, substantivo feminino que nos empurra muitas vezes ao ato de fingir ou simular alguma coisa. Por exemplo: temos a novelesca realidade produzida pela televisão e pelo cinema, muitas vezes nos obrigando a relacionar a imaginação do autor, do roteirista com a realidade. Quem já assistiu ao filme Matrix pode fazer essa comparação e concluir que não há limite entre ficção e realidade. No filme, é visível o roteirista mostrando o homem  a serviço da máquina que virtualiza sua imaginação. Hoje, agora, nesse momento, chego a perguntar-me: O que acontece agora? Eu estou a serviço da máquina que escrevo ou ela ao meu serviço?
Na era da pós-modernidade, cujo termo Gilles Lipovetske chama de hipermodernidade, é possível concluir  que a ficção, narrativa inspirada pelo progresso da ciência e da tecnologia, cujos lances situados em geral no futuro, pretendem antecipar-se (e às vezes se antecipam) às novas descobertas científicas. O que dizer do tablet, o computador, o smartfone da tecnologia que revolucionou o livro de papel colocando milhões de informações numa tábua eletrônica de um software?... Antes era ficção científica, hoje é mera realidade. Lembro,  no século passado, assistindo ao filme  “Jornada nas Estrelas”, a comunicação via uma pequena televisão onde o capital da nave estelar se comunicava com seus subordinados, hoje, isso é possível através de um simples telefone: você filma, fotografa, e em tempo real o mundo fica ciente do acontecido.
Por que o homem cria ilusões de realidades, espaços e pessoas inexistentes para contar histórias que nunca aconteceram? Por que produz imagens que não se encontram na natureza, de forma a materializar visualmente as ideias que temos na cabeça?
No longo período da história da humanidade, o homem, através da filosofia, da arte vem estudado o limite que existe entre ficção e realidade. A ficção é fruto de sonhos não realizados e de prognósticos feitos diante da velocidade em que o mundo vai.  “É a camuflagem do limite entre representação e realidade que dá início e sentido ao problema” Se nenhuma imagem é o real, como transmitir o real? O problema de linguagem passa a ser "como contar a verdade?".
É um tanto difícil estabelecer limites sobre o que pode ser ficcional, e o que pode ser uma "interpretação real". A Enciclopédia Larousse define ficção como "ato ou efeito de simular, fingimento; criação do imaginário, aquilo que pertence à imaginação, ao irreal; fantasia, invenção".
Creio, piamente, que a Larousse precisa de revisão, pois, sua concepção de ficção tem vetado os limites da realidade, considerando que na atualidade ficção e realidade são frutos de um mesmo tempo, de uma mesma época, em que a imaginação e o fato andam abraçados, às vezes de mãos dadas.


12 de outubro de 2013

JAQUEIRÊS

                                              Para Ricardo Guerra

Disse Camões, poeta português:
“Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.”
Também sigo de perto suas leis
Divulgando o idioma jaqueirês
Pra  todo o mundo se admirar
Na linguagem que vem aglutinar
Cacoetes, sussurros e caboclismos
Glosa, trava-língua e neologismos
E o matutês pra me comunicar.
                     (ADMMAURO GOMMES)



O seu Riccardo é danado. A resposta veio ligeirim, ligeirim

LÉXICO JAQUEIRÊS

No nosso "jaqueirês" em brotação
Todo léxico já está bem formado
Para transformar Pernambuco em Nação
Com seu idioma porreta e arretado
Tem: "bregueço", bugiganga e aporrinhação.
"Baixa-da-égua", "balai-de-gato" e "arrodeado"
Mas se achegue num seja um "buzuntão"
Nem fique pra cá e nem pra lá "disleriado"
E no final das contas lhe passo o "bizu"
Se comemora isso "tudim", tomando uma pitu
                                                (RICCARDO GUERRA)

5 de outubro de 2013

A ANDORINHA VAI EMBORA

                         Admmauro Gommes


Às vezes na vida se muda constante
Até de endereço de onde se aninha
Se eu fosse uma ave seria andorinha
Fazendo amigo em terra distante
Agora um verso eu faço ofegante
Como quem teima querendo ficar
Deixando amigos eu vou me mudar
Rodando meu sonho como carrossel
Eis que a andorinha se vai de Xexéu
Durante a exposição do Pintor Paulo Profeta (4.10.13), o prefeito de Palmares, João Bezerra, saudou Admmauro Gommes como novo habitante dos Palmares. “Admmauro Gommes já é um cidadão palmarense. A Câmara de Vereadores lhe outorgou este título, só falta entregar o diploma” – disse o Prefeito.


Nos dez de galope na beira do mar.
Admmauro Gommes também recebeu os votos de boas-vindas de Douglas Marques e do Coronel Reginaldo.


SEMINÁRIOS DA FAMASUL - 2013


ESCRITA AUTOMÁTICA: 
COMENTE! PARTICIPE!


Durante os SEMINÁRIOS TEMÁTICOS (18/9/2013), o professor Admmauro Gommes (Letras) apresentou uma palestra sob o tema A ESCRITA AUTOMÁTICA. Ele utilizou o seguinte texto para debate:
"Uma das principais ideias trabalhadas pelos surrealistas é a da escrita automática, segundo a qual o impulso criativo artístico se dá através do fluxo de consciência despejado sobre a obra. 


Participaram com destaque: Flávia, Ismael, Sylvia, Osani, Rozineide e o professor Wilson Santos.
Escrita automática é escrever fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, pelo inconsciente na atividade criativa. (...) Os seus defensores afirmam que o processo permite que se aceda a um “eu” mais elevado; permite a obtenção de dados anteriormente inacessíveis da mente subconsciente (...)
Esta escrita consiste...
... em ter uma folha de papel, escrever tudo o que vem à cabeça, o mais rapidamente possível. Não parar para ler o que já se escreveu nem dar atenção ao respeito ou não que se está a ter pelas margens ou pelas normas de ortografia. Apenas se deve escrever, incessantemente, durante um determinado tempo ou até cansar. Caso algum bloqueio apareça, é escrevê-lo! O importante é não parar. No início a tendência é escrever coisas díspares, sem sentido (aparente), palavras ou frases soltas. Mas, com a prática, é possível escrever textos quase acabados, com abordagens originais, sinceras e criativas!"
Acesso: 18.9.2013

















HOMENAGEM A VINICIUS DE MORAES

Na Semana dos Seminários Temáticos, O curso de Letras apresentou um recital e discutiu a importância da poesia brasileira na atualidade (17.9.13). Admmauro Gommes recitou Vinicius de Moraes, Cícero Felipe apresentou um texto seu com predominância no lirismo, Paulo Katu declamou seus poemas em cordel e Vital Corrêa de Araújo falou da poesia neoposmoderna.

Admmauro Gommes, Cícero Felipe, Sandro e João Marcos e Paulo Katu
Estiveram presentes no Teatro Apolo, em Palmares, O Presidente da AEMASUL, Enoelino Filho, o Diretor da FAMASUL, Lourival, o chefe do Departamento de Letras, João Constantino e os professores Antonino Matias, Virgínia Celeste, Marian Eulália, Ideildo e Wilson Santos. Veja as fotos.









































































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